Quem passou pela ilha Graciosa no fim-de-semana dificilmente se apercebeu de que os ralis não são uma já antiga tradição local. Tais foram a azáfama e animação que a primeira prova do género originou, assim como a aceitação das gentes graciosenses perante um evento que, comparações à parte, nada ficou a dever a outros de bem maiores responsabilidades e pergaminhos. Em termos de retorno mediático, económico, e da valia social do certame, estão para já de parabéns todas as entidades que proporcionaram três dias de festa a guardar no álbum das recordações.Com muito público na estrada, o primeiro troço foi dominado por Tiago Azevedo, que ganhou mais de 5 segundos à concorrência nos 3650 metros dos Vimiais, sendo que Marco Veredas, César Silva e Fernando Meneses se ordenavam por aquele que seria o pódio final da prova. Surpresa por parte do mais novo dos manos Silva, que apenas na 2ªPE seria batido pelo mais galardoado Artur, piloto que na ponta final viria a sentir problemas mecânicos no Saxo Cup. A liderança de Tiago Azevedo durou pouco, já que um furo, seguido de uma pequena saída, deixaram sem arranjo o radiador do Impreza, interrompendo uma actuação que prometia e alongando a jornada de azar do empreendedor piloto. Na segunda dos Vimiais Meneses conquistou um breve avanço, pelo que ao início da tarde, e nas bem mais rápidas ligações entre a Vitória e o Barro Vermelho, era o homem do Team Praia quem liderava, mesmo se inferiorizado na máquina. Aí Marco Veredas puxou dos galões, e em dois troços alcançou 6,5 segundos de vantagem, sobre um Meneses que sentia problemas de travões e que tinha César Silva a uma décima, e já ciente de que o irmão Artur estava fora da luta, mesmo se já vencera um troço (2ª PE). Ronde final com Veredas a cimentar a liderança, passando a ostentar o título de primeiro vencedor de um rali na Graciosa, e o “rush” final de César Silva a dar-lhe o segundo lugar e o triunfo no troço final. Meneses fecharia o pódio, na frente de Artur Silva e da surpresa do rali, o local Cláudio Bettencourt, que no Saxo ex-Nuno Rocha mostrou talento e sangue frio, nunca alimentando passos maiores demais na estreia em competição, e a ter no apoio da vasta audiência uma suplementar dose de ânimo para a excelente prova que fez. Ainda nos dez primeiros boas provas para Paulo Meneses e para José Vieira, em crescendo com o Clio cinzento, e a vencer a F2 depois do abandono de Cláudio Cabral, que esteve nos lugares da frente até o motor do Clio amarelo ceder.
Entre os VSH Jorge Sousa entrou a vencer, embora com apenas 0,2 segundos de avanço para Marco Sousa, que passaria a seguir para o comando, antes de deixar o 309 GTI parado na assistência com o motor a “bater” e de forma a não provocar danos no propulsor francês. Já de tarde, Ricardo M. Moura mostrou toda a valia do Volkswagem, depois de Lizuarte Mendonça ainda ter passado pelo comando, na altura em que também Jorge Sousa voltava à carga após um toque nos Vimiais. Moura dominou as três PE’s da tarde, chegando ao derradeiro troço na frente, mas uma roda causou o dissabor de perder com a meta à vista, sendo Jorge Sousa o homem a quem coube abrir o champanhe final.
No reino dos Clássicos o ritmo inicial de Adelino Sousa esteve bem acima dos restantes, mas apenas enquanto o motor do Escort MK1 deixou, fazendo bons tempos e dando espectáculo, até que Carlos Borges – em dia de aniversário… - soube aproveitar a brecha, mesmo se o Kadett GT/E apenas de tarde trabalhou a rigor.
Com dois troços exigentes e trabalhosos, um deles a fazer-se nos dois sentidos, a prova decorreu dentro da maior naturalidade, sem sobressaltos ou sustos – pois nem houve acidentes a registar -, e com a qualidade organizativa de todos os desafios que Olavo Esteves tem abraçado. Nem faltou a conferência de imprensa final, a que se juntaram um parque de assistência exemplar e demais cuidados para com concorrentes, convidados e entidades em cooperação. Um sucesso servido em dias de sol numa terra onde as pessoas sabem receber. E de onde veio a certeza de que, tudo corra de feição, para o ano há mais!
Entre os VSH Jorge Sousa entrou a vencer, embora com apenas 0,2 segundos de avanço para Marco Sousa, que passaria a seguir para o comando, antes de deixar o 309 GTI parado na assistência com o motor a “bater” e de forma a não provocar danos no propulsor francês. Já de tarde, Ricardo M. Moura mostrou toda a valia do Volkswagem, depois de Lizuarte Mendonça ainda ter passado pelo comando, na altura em que também Jorge Sousa voltava à carga após um toque nos Vimiais. Moura dominou as três PE’s da tarde, chegando ao derradeiro troço na frente, mas uma roda causou o dissabor de perder com a meta à vista, sendo Jorge Sousa o homem a quem coube abrir o champanhe final.
No reino dos Clássicos o ritmo inicial de Adelino Sousa esteve bem acima dos restantes, mas apenas enquanto o motor do Escort MK1 deixou, fazendo bons tempos e dando espectáculo, até que Carlos Borges – em dia de aniversário… - soube aproveitar a brecha, mesmo se o Kadett GT/E apenas de tarde trabalhou a rigor.
Com dois troços exigentes e trabalhosos, um deles a fazer-se nos dois sentidos, a prova decorreu dentro da maior naturalidade, sem sobressaltos ou sustos – pois nem houve acidentes a registar -, e com a qualidade organizativa de todos os desafios que Olavo Esteves tem abraçado. Nem faltou a conferência de imprensa final, a que se juntaram um parque de assistência exemplar e demais cuidados para com concorrentes, convidados e entidades em cooperação. Um sucesso servido em dias de sol numa terra onde as pessoas sabem receber. E de onde veio a certeza de que, tudo corra de feição, para o ano há mais!