A formação de médicos e enfermeiros para comunicar notícias negativas aos utentes não é uma prioridade dos Hospitais Portugueses: apenas 33% o fazem, ou seja, somente 3 em cada 10 unidades de saúde. No total, 71% das instituições sentem necessidade de formação específica em técnicas de comunicação. Estas são algumas das principais conclusões reveladas pelo 1.º Estudo Nacional “Comunicação Hospitalar em Portugal”, realizado junto de 90 Hospitais gerais, públicos e privados, de todo o país. “A realidade hospitalar está a mudar. Actualmente, já existe grande preocupação com a comunicação, quer interna quer externa. Cada vez mais, as administrações hospitalares incorporam e dinamizam esta área na estratégia de funcionamento do hospital, porque os gestores tem clara consciência do poder e importância da comunicação. Ainda há um longo caminho a percorrer, mas os primeiros passos já foram dados e, fundamentalmente, há uma preocupação dos decisores para esta temática”, defende o Dr. Pedro Lopes, Presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares.