Três crianças açorianas estiveram praticamente abandonadas durante quatro meses, no Brasil, fruto de um complicado processo de adopção. Trata-se de três rapazes, de 13, 12 e 10 anos, cuja identidade e ilha de proveniência fica por revelar, numa reportagem publicada pelo jornal Expresso. As três crianças foram adoptadas, devido ao grave problema de alcoolismo dos pais biológicos, por um casal do Continente, mais concretamente de Cantanhede. Entretanto, o casal entrou em processo de divórcio, ficando as crianças à guarda da mãe adoptiva, uma docente universitária de 43 anos. Após o divórcio, esta decidiu rumar ao Brasil para procurar novas oportunidades de trabalho e, manifestando-se incapaz de sustentar as crianças naquele país, deixou-as à guarda de uma ama brasileira. Durante quatro meses, as crianças ficaram ao abandono, sofrendo maus-tratos, passaram fome, receberam espancamentos de “chinelo na cara”, dormiram no chão, sofreram sucessivas picadas de insectos, entre outros.Por denúncia de uma vizinha no Brasil, na localidade de Pontal de Marape, onde as crianças se encontravam, foram accionados os serviços da Segurança Social portugueses que, desde o dia oito de Abril, mantêm as crianças à sua guarda, em solo português. Os rapazes encontram-se presentemente alojados no Centro de Acolhimento do Loreto, onde o pai adoptivo reclama agora a custódia das três crianças.Fonte: Jornal Diário.