Pescador Graciosense recebe recompensa por recuperar bóia científica que estava á deriva.

O mestre de embarcação, Nuno Miguel Bettencourt, juntamente com o seu colega João Paulo Antunes, encontrou no passado dia 20 de Agosto de 2008, uma bóia que se encontrava à deriva a 1,5 milhas do Ilhéu da Praia. Por sua própria iniciativa rebocaram a bóia até ao Porto de Pescas da Graciosa e informaram a Autoridades Marítima do achado.
O objecto em causa, pertencia da Universidade de Cornell, nos E.U.A, e tratava-se de uma bóia científica, que tinha como objectivo, estudar os sons emitidos por mamíferos, nomeadamente baleias.
Neste momento a bóia já foi devolvida à Universidade de Cornell.
Ontem à tarde, na delegação marítima de Santa Cruz da Graciosa, Nuno Bettencourt, recebeu um louvor e um cheque de 250 dólares por ter entregado a bóia às autoridades competentes.
Na cerimónia, estiveram presentes João Gonçalves, Capitão dos Portos das Ilhas Terceira e Graciosa e o Coronel Dorsey, da Base das Lajes, ilha Terceira, que foi o elo de ligação entre a Autoridade Marítima e a universidade de Cornell, que viajou até à nossa ilha com o propósito de entregar a prémio ao pescador.
Segundo João Gonçalves, trata-se de acções importantes em que as pessoas que encontram os objectos que podem ou não fazer parte de pesquisas científicas, se interessam por as recolher e por as entregar às entidades competentes.

Na sua opinião, estes actos por parte dos pescadores graciosenses, só mostram o bom nível de cidadania e de respeito por estes objectos que se encontram no mar, sabendo-se que alguns deles poderão constituir perigo para a navegação.
Segundo o Coronel Dorsey, a recuperação desta bóia foi muito importante, visto fazer parte de uma investigação científica com um elevado nível de importância. Tal como disse, a habilidade de perceber e cuidar da vida marinha, é um assunto mundial e não apenas dos EUA.
Nuno Bettencourt, contou-nos como encontrou aquele equipamento, que no dia seguinte entregou a Capitania.
Os pescadores muitas vezes encontram objectos no mar, que no caso de pertencerem a alguma entidade é entregue à Autoridade Marítima.Uma atitude que este pescador diz que todos os homens do mar devem ter.