
O equipamento está modernamente apetrechado com equipamentos especificamente concebidos para o fim em vista, nomeadamente um mamógrafo e um digitalizador, com qualidades técnicas devidamente certificadas.
O custo global deste investimento, composto por uma unidade móvel e duas estações de leitura, rondou os 350 mil euros.
Está previsto um rastreio do cancro da mama alargado a cerca de 14 mil mulheres açorianas por ano, resultando desse processo 1.200 consultas de aferição, das quais cerca de 60 poderão apresentar patologia neoplásica.
Domingos Cunha, que falava em Ponta Delgada na cerimónia de apresentação de uma Unidade Móvel de Mamografia para o Rastreio Organizado do Cancro da Mama, referiu que os exames efectuados com esta unidade móvel assentam num protocolo celebrado entre o Centro de Oncologia dos Açores e as Unidades de Saúde da Região, ficando o Núcleo dos Açores da Liga Portuguesa Contra o Cancro com a responsabilidade de adquirir os equipamentos necessários para a leitura dos mesmos, através do donativo angariado pela sua delegação da ilha de S. Miguel, numa incontestável união de sinergias em prol da saúde das mulheres açorianas.
Na opinião daquele governante, a aquisição da unidade móvel de mamografia vem garantir sustentabilidade ao programa de rastreio organizado que, assim, confere às beneficiárias maior confiança nos serviços e cuidados de saúde, podendo continuar a contar com o grande sentido de responsabilidade, conhecimento e ética dos seus profissionais.
Nos Açores, os diagnósticos de cancro da mama também têm vindo a aumentar de acordo com os dados do Registo Oncológico dos Açores sobre a incidência de cancro na Região para os anos de 2000 a 2002, adiantou.
Segundo indicou, de um total de 930 novos casos de cancro no sexo feminino, 286 foram de cancro da mama, e destes, 116 resultaram em óbitos, o que equivale a uma taxa de incidência na ordem dos 78,8 por cada 100 mil habitantes.
Perante estes dados, nota-se a gravidade da doença e a necessidade, cada vez mais premente, de se apostar na prevenção, uma vez que, detectada atempadamente e tratada na fase precoce, a taxa de cura ronda os 90 a 95% dos casos.
Deste modo, e seguindo todas as orientações técnicas e normativas internacionais e nacionais, o Governo dos Açores tem como prioridade para a área da promoção de saúde, o programa de rastreio organizado do cancro da mama que se vai iniciar no próximo dia 17 de Novembro, no concelho do Nordeste, na ilha de São Miguel, considerando, o secretário regional que esta acção irá contribuir, decisivamente, para o despiste e detecção atempada da patologia na maioria das mulheres que residem nas diferentes ilhas.
Segundo Domingos Cunha, o rastreio organizado do cancro da mama estender-se-á a todo o Serviço Regional de Saúde, com os Centros de Saúde de cada concelho a terem um papel primordial de apoio logístico e nas tarefas de sensibilização e mobilização da população utente e os Hospitais na execução das consultas de aferição, acompanhamento e tratamento.