
A iniciativa enquadra-se no Programa Atmospheric Radiation Measurement (ARM), implementado pelo Departamento de Energia dos Estados Unidos da América em 1990 com o objectivo de estudar o impacto das radiações e das nuvens nos modelos climáticos.
O ARM inclui uma componente essencialmente dirigida para a investigação e outra para a área das infra-estruturas permitindo a obtenção de dados e o acesso a tecnologias de grande interesse para a comunidade científica especializada na concepção e desenvolvimento de modelos climáticos às escalas global e regional.
Eduardo Brito, professor da Universidade dos Açores, afirma que os Açores são, pela sua localização no meio do Atlântico, um lugar privilegiado para determinados tipos de observações, nomeadamente climáticas.
A Universidade dos Açores, através do Centro de Climatologia, Meteorologia e Mudanças Globais e o Instituto de Meteorologia serão os parceiros científicos a considerar neste projecto, que conta com a colaboração de inúmeras instituições internacionais.
A estação estará na Graciosa durante cerca de um ano, mas caso o projecto se mostre de grande importância poderá ser permanente, o que dependerá dos resultados que dela sejam conseguidos.
A ilha Graciosa foi escolhida por ser a mais plana de todas as ilhas dos Açores, sendo por isso ideal para a colocação deste tipo de estações, que necessitam de um espaço o mais livre possível geograficamente, tal como nos explicou Eduardo Brito.
A colocação desta estação de observação climática na Graciosa segue-se à decisão da instalação, também nesta ilha, da estação internacional do CTBTO, destinada a monitorizar a realização de ensaios nucleares.