PSD garante "recuperar" o colapso da saúde açoriana.

O líder do PSD/Açores garantiu ontem que um governo do seu partido terá como "prioridade absoluta" reformular o actual serviço regional de saúde, de modo a "pôr as pessoas em primeiro lugar, conforme queremos também noutras áreas". Foi na entrada para a freguesia da Feteira, em Angra do Heroísmo, e após acompanhar a colocação de um "outdoor" dedicado ao tema, que Costa Neves afirmou que "o nosso sistema de saúde tem de ser mais acessível aos cidadãos, sendo necessária uma maior proximidade às pessoas, o que queremos assegurar de imediato se formarmos governo", explicou.
O candidato a presidente do executivo quer "abrir postos de saúde", com médicos de família e enfermeiros em todas as freguesias, "exactamente o contrário do que agora acontece", daí advindo que as listas de espera deverão "desaparecer", através de uma política assente em prioridades "que elegem as pessoas como principal objectivo", sendo certo que "vamos inverter o actual momento, em que o sector vive abaixo das suas necessidades", afirmou.
"Umas das razões do actual colapso da saúde é o seu claro sub-financiamento", assegurou Costa Neves, para quem o sector está orçamentado "cerca de 40% abaixo do que devia, e isso são dezenas de milhões de euros por ano que fazem falta", criticou o líder laranja.
"Há dívidas encobertas por todos os lados e isso é uma situação que tem de acabar", denunciou, assegurando que "no dia seguinte a tomar posse, vamos renegociar com os médicos de família e estabelecer prioridades", o que pretende fazer "conjuntamente com a criação de emprego ou o combate à droga, ou seja tudo o que precisa de respostas imediatas", garantiu.
Quanto à fórmula ideal de garantir o financiamento da saúde, Costa Neves referiu que "todos os dias vemos dinheiro mal gasto nos Açores", pelo que há despesas que "apenas demonstram ostentação, e que se podem evitar", dando como exemplo ser "inaceitável que o governo gaste dois ou três milhões de euros em animação de Verão", ou mesmo que tenha gastos excessivos noutras obras "com muito pouca utilidade, mas onde há primeiras, segundas e terceiras pedras", pelo que o líder do PSD na região aponta uma "redefinição de prioridades como a grande solução, e a saúde é, efectivamente, uma prioridade", concluiu.