Armando Lopes ameaçou comissária da Associação Festa Redonda na sequência de declarações prestadas à RTP.

O Congresso de Educação, realizado pela Associação Festa Redonda na Graciosa, no último Sábado, ficou marcado pela negativa pela pouca participação da comunidade escolar e pelo cancelamento na ultima hora, da participação do presidente do Conselho Executivo da Escola Básica e Integrada de Santa Cruz da Graciosa, Armando Lopes.
António Matos, director geral do Festa Redonda, explicou à Rádio Graciosa o que se passou, afirmando que há algumas semanas que o evento vinha a ser preparado através de contactos com a própria escola e estranhou o facto de não ter havido uma promoção dentro do próprio estabelecimento de ensino. Para além disso, Armando Lopes não compareceu, na manhã de Sábado, à abertura do evento, no qual seria o primeiro palestrante.
Na sequência da reportagem da RTP Açores e das declarações prestadas pela comissária do evento Violante Raposo e José Aguiar, presidente da Câmara Municipal de Santa Cruz da Graciosa, Armando Lopes contactou por telefone ontem de manhã a representante do Festa Redonda no Congresso e proferiu ameaças.
Ameaças que António Matos considera graves, tendo Armando Lopes proferido calúnias graves para com a colaboradora da organização, declarações que disse não serem próprias de um presidente do Conselho Executivo, que deve ser um exemplo no bom sentido.
António Matos, diz que esta postura do presidente do Conselho Executivo, atenta contra toda a organização Festa Redonda bem como todas as entidades que tem participado e ajudado neste projecto.
O responsável pelo Festa Redonda nos Açores, lembra que vivemos num estado de direito e que depois de 30 anos, a democracia já deveria estar consolidada e comenta o fenómeno que se nota nas comunidades pequenas em que as pessoas comportam-se como sendo “donas” das instituições, das localidades ou até mesmo das ilhas.

O Festa Redonda promete continuar com a sua actividade na Graciosa, ainda com mais força depois deste problema, pois um dos objectivos da iniciativa é levar os açoreanos a participar, fazerem-se ouvir e através disso descobrir o que está mal nas suas ilhas e deixar uma mensagem para que podem e devem pugnar para que as suas ilhas sejam lugares melhores para viverem.