
segunda-feira, fevereiro 25, 2008

Rádio Graciosa

O PSD/Açores classificou como acções de "pré-campanha eleitoral despudorada" as duas últimas visitas estatutárias do governo regional à ilha do Pico."Nas duas últimas visitas do governo regional ao Pico, separadas por menos de quatro meses, os socialistas da ilha fizeram delas uma acção de pré-campanha eleitoral despudorada. Com o enguiço da presença de todo o governo na ilha, convidaram todos os picoenses a jantar com o senhor presidente, não se sabendo bem se do governo, se do PS", afirmou o deputado social-democrata Cláudio Lopes, na Assembleia Legislativa dos Açores.O parlamentar do PSD/Açores lamentou "não haver a inteligência política de separar a governação da campanha partidária socialista" por parte do presidente do governo regional e considerou "errado que se misture tanto o interesse de um partido com a actividade governativa".Para o deputado social-democrata, o governo socialista, "à falta de medidas importantes", limitou-se a apresentar no Pico, durante a última visita estatutária, "decisões sobre subsídios de 10 a 15 mil euros, assinaturas de protocolos, entrega de diplomas e inaugurações de gruas, iniciativas mediáticas e populistas, mas pouco dignas, ou melhor, ridículas para o que deve ser a missão principal de um governo, que é tomar medidas estruturantes".Num balanço à última visita estatutária do governo ao Pico, Cláudio Lopes salientou que o executivo socialista "meteu na gaveta" a promessa, feita no ano passado, de construção de uma maternidade na ilha. Do novo centro de saúde a construir na Madalena nem sequer se conhece ainda o programa funcional, nem que novas valências terá", sublinhou.Entre outros compromissos que, no entender do parlamentar do PSD/Açores, o governo regional não cumpriu, Cláudio Lopes considerou que a obra de protecção da orla costeira das Lajes "não está feita" e que o projecto prometido para o porto comercial do Pico "pulula entre ensaios laboratoriais e cenários eventuais".O deputado social-democrata acrescentou que "foi este governo que, teimosamente, excluiu o Pico das ilhas da coesão, retirando-lhe assim um vasto conjunto de oportunidades e de vantagens económicas e sociais".