Universidade estuda restos de esqueletos dos séculos XVI a XVIII recuperados em Angra.

O Centro de Investigação de Recursos Naturais (CIRN) da Universidade dos Açores iniciou, este mês, trabalhos de estudo e posterior conservação de restos de esqueletos humanos dos séculos XVI a XVIII recuperados numa intervenção arqueológica no Convento de São Gonçalo, em Angra do Heroísmo.
Os trabalhos agora iniciados integram-se no desenvolvimento de um protocolo de colaboração assinado em Outubro entre o CIRN e a Direcção Regional da Cultura (DRaC).
Os restos de esqueletos objecto do estudo foram resgatados numa intervenção executada, na primeira metade do ano passado, pela empresa ERA-Arqueologia, presumindo-se que correspondam a 20 indivíduos datáveis dos séculos XVI a XVIII.
A análise e estudo de restos esqueléticos assumem elevado interesse para os conhecimentos bio-antropológios, permitindo comparar dados referentes à origem e evolução demográfica e epidemológica das populações antigas do arquipélago e abrir uma linha de investigação inédita na Região.
Para executar o projecto, o CIRN e o Departamento de Biologia da Universidade dos Açores dispõem de um laboratório de análises paleo-antropológicas dotado de recursos técnicos e humanos testados numa recente intervenção arqueológica na ermida da Fonte do Bastardo, ilha Terceira.