Mais de 547 crianças e jovens – órfãos, abandonados ou retirados das famílias por causa de maus-tratos – vivem, crescem e preparam-se para o futuro em 40 casas de acolhimento em toda a Região. Destas estruturas, 34 são Lares de Crianças e Jovens e seis são Centros de Acolhimento Temporário e de Emergência, sendo financiados pelo Governo dos Açores e geridos pelas IPSS (instituições particulares de solidariedade social). Estes equipamentos estão distribuídos pela maioria das ilhas dos Açores (à excepção de Flores e Corvo) mas com maior incidência na ilha de S. Miguel e Terceira, segundo dados fornecidos pela Direcção Regional da Solidariedade e Segurança Social, o número total de crianças acolhidas é de 547. As crianças podem ser medida de acolhimento desde que nascem até aos 18 anos, sendo que os maiores podem pedir a prorrogação até aos 21 anos.Segundo disse Andreia Cardoso, Directora Regional da Solidariedade e Segurança Social, nos Açores, são despendidos anualmente pela Segurança Social quatro milhões e seiscentos mil euros no funcionamento dos Lares de Crianças e Jovens e nos Centros de Acolhimento Temporário e de Emergência, para além das verbas relativas a apoios eventuais, que oscilam de ano para ano. Em 2006 foram adoptadas apenas 15 crianças nos Açores. Segundo a directora regional da Solidariedade e Segurança Social, “a adopção é uma medida que não se ajusta a toda e qualquer criança, mas tem merecido da parte do Governo o nosso maior empenhamento naquelas que são as nossas competências nesse processo”. Em jeito de balanço, Andreia Cardoso afirma que importa referir que, a este nível, o ano de 2007 “será um ano de um desempenho excepcional, quer no número de adopções quer no tempo processual. Tem sido possível a sinalização de um maior número de crianças e também de um maior número de casais”.