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Rádio Graciosa


27 novembro 2007

Repatriados sem casa nem trabalho.

Os cidadãos que chegam repatriados aos Açores, oriundos dos Estados Unidos da América (EUA) e Canadá, estão a debater-se com dificuldades para arranjar emprego e até um sítio para dormir nas ilhas, sobretudo em São Miguel. Não são apenas as pessoas nesta condição que o dizem: também as instituições que lidam de perto com aquela problemática referem o mesmo. As causas desta situação estão diagnosticadas e remetem para a carga negativa atribuída ao conceito de repatriado. Inclusive à própria pronúncia da palavra. É assim desde 1996, quando começaram a chegar todos os anos, em vagas de dezenas, aos Açores. São repatriados por terem cometido crimes nos EUA e Canadá e, sem a protecção da cidadania norte-americana ou canadiana, acabaram condenados a penas de prisão, e depois a regressar compulsivamente à sua terra de origem. Muitas vezes sem mulher e filhos a acompanhá-los, sem família à espera e sem saber ler nem escrever em português.

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