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Rádio Graciosa


20 novembro 2007

É preciso haver uma mudança de mentalidade e mais formação, para levar os pescadores a pescar outras espécies.

A existência de quotas na pesca é fundamental e poderão alargar-se a todas as espécies nos próximos anos.
Esta ideia foi deixada na Graciosa por Luís Rodrigues, especialista em pescas que colabora com a Universidade dos Açores e que reuniu com os pescadores da Graciosa.
Um encontro que decorreu no final da semana passada e que foi muito participado, tendo os pescadores graciosenses mostrado grande preocupação exactamente com o problema das quotas e o facto de serem atribuídas às embarcações de acordo com o seu histórico.
No que diz respeito à quota imposta ao goraz, verifica-se que na altura do ano, em que o peixe tem um maior valor devido ao gosto que os espanhóis tem por este peixe, favorito para altura do Natal, a quota está muitas vezes esgotada, ou então procede-se à liberalização da mesma.
Segundo Luís Rodrigues são factores que tornam muito difíceis a gestão das quotas por parte dos pescadores, por isso vêem com algum receio o futuro da sua actividade.
As alternativas serão capturar outras espécies de peixe, como o peixe espada-preto, o caranguejo e outros tipos de crustáceos de profundidade que poderão ser explorados em águas mais profundas, podendo trazer outros benefícios económicos aos pescadores que estão limitados no goraz, peixe que continua a ser o que tem maior valor comercial.
Para a captura de outras espécies que ainda estão por explorar, os pescadores não vão necessitar de muitas modificações nas suas embarcações.
Mais do que alterações nas embarcações, segundo Luís Rodrigues é preciso haver uma mudança de mentalidade e mais formação, para levar os pescadores a pescar outras espécies e não só aquelas que aprenderam a pescar. Hoje em dia um pescador terá que saber inovar.

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