A Graciosa pode vir a destacar-se pela produção de carne de qualidade, atendendo a que tem grandes aptidões, nomeadamente, a sua carne ser bastante fibrosa, devido à sua alimentação ter uma grande percentagem de matéria seca.Aliás, já existem explorações, exclusivamente de gado de carne, com provas dadas na matéria.
As Associações Agrícolas da Graciosa promoveram na passada terça-feira, uma sessão de esclarecimento sobre carne IGP.
Para o efeito a Federação Agrícola dos Açores fez deslocar à Graciosa, Paulo Costa, da Federação Agrícola dos Açores, para esclarecer e incentivar os agricultores graciosenses, a aderirem ao processo e produção de carne IGP Açores.
A Rádio Graciosa, teve a oportunidade de falar com Paulo Costa, que nos disse que um dos principais objectivos daquela federação, é trabalhar conjuntamente com as instituições e seus associados, sobre os diversos assuntos importantes, como é o facto do desenvolvimento da carne IGP, neste caso na Graciosa.
Paulo Costa mostrou-se satisfeito com os resultados da sua vinda à Graciosa, já que os produtores ficaram com uma maior noção das potencialidades, e também, as limitações que a produção deste tipo de carne acarreta.
Durante a reunião houve produtores que já se mostraram interessados em aderir à produção de carne IGP, e segundo Paulo Costa, havendo vontade dos produtores, este poderá vir a ser um sector a desenvolver na Graciosa.
Na opinião de Paulo Costa, é possível a produção de carne IGP na Graciosa, visto que, os produtores têm um sistema de produção de carne, que assenta perfeitamente, naquilo que é a carne de qualidade dos Açores. Na Graciosa existem muitos animais com boa qualidade de carne, já que, a sua criação, é feita na sua maioria por vacas aleitantes.
A carne IGP provém de um animal que é, desde o seu nascimento (ou ainda antes) até ao seu prato, seguido e supervisionado, de modo a certificar que determinadas regras foram cumpridas. Destas, sem dúvidas, as mais importantes dizem respeito á alimentação do animal.
Nos primeiros 6 a 7 meses alimenta-se apenas do leite da mãe, e na fase seguinte de erva (pasto), sendo proibido qualquer tipo de ração. No último mês a alimentação é à base de milho (para ganhar alguma gordura/sabor extra), seguindo então o animal para o seu “destino”.



quinta-feira, outubro 25, 2007
Rádio Graciosa