O Governo Regional dos Açores tem vindo a implementar várias medidas para modernizar e simplificar a Administração Pública Regional e, consequentemente, servir melhor a população do arquipélago.A afirmação é do vice-presidente do executivo, Sérgio Ávila, e foi proferida ontem, em Angra do Heroísmo, na abertura do seminário Novas perspectivas na contratação pública.O governante revelou, na ocasião, que o número de trabalhadores da Administração Regional é, presentemente, de 18.675 (16,7% da população activa) e acrescentou que "tudo o que possa ser feito para que melhoremos a nossa actividade e o serviço que prestamos a todos os açorianos, é relevante".Sérgio Ávila apelou aos cerca de 130 dirigentes e formadores da administração que participam no seminário, no sentido de se empenharem neste processo de mudança, "que não pode ser feito sem a colaboração activa" de todos os envolvidos."Sabemos que as mudanças nunca são fáceis e nem sempre bem aceites, mas só mudando podemos evoluir, adaptarmo-nos aos novos tempos e aos desafios da globalização e da sociedade de informação em que vivemos", vincou o vice-presidente. "E para mudar e fazer este percurso precisamos de saber exactamente qual é a nossa realidade, quantos somos, o que fazemos, como o fazemos e o que devemos mudar para melhorar – o que pode sempre ser melhor", frisou. Instrumentos como o Ficheiro Central de Pessoal ou a Bolsa de Emprego Público dos Açores (BEPA), ajudam a concretizar esses objectivos, nomeadamente a racionalizar os recursos humanos e, neste âmbito, Sérgio Ávila anunciou que, até ao final de Junho, estarão implementados os Quadros Regionais de Ilha. "Este é um mecanismo de flexibilização que permite que os funcionários estejam onde são mais necessários", sem que "nenhum funcionário seja obrigado a mudar de ilha ou a percorrer longas distâncias, a menos que o queira fazer de livre vontade", garantiu o governante. Ainda neste âmbito da flexibilização "considerámos ser essencial juntar num único serviço tarefas que eram dispersas por vários". Questões como a gestão de frotas ou o processamento de vencimentos passarão a ser feitos num único departamento, anunciou, adiantando que as chamadas centrais de serviço vão ser criadas a partir do segundo semestre deste ano. A qualificação dos funcionários e chefias, através de formação profissional específica, e a avaliação dos serviços, por parte dos próprios e dos utentes, são outros vectores que Sérgio Ávila considerou fundamentais para a reforma em curso.