Movimento "Açores pela Vida" promove sessões em todas as ilhas.

O movimento "Açores pela Vida", que defende o "Não" no referendo de 11 de Fevereiro, vai promover sessões de esclarecimento nas nove ilhas, alegando que o debate sobre a despenalização do aborto "não pode deixar ninguém indiferente".
Integrado na plataforma "Não Obrigada", o movimento açoriano apresentou -se hoje, em Ponta Delgada, como "não confessional e apartidário, constituído por mulheres e homens que expressam livremente a sua opinião em defesa da vida". Segundo a porta-voz do "Açores pela Vida", que garantiu que recolheu ma is de cinco mil assinaturas no último mês, o movimento pretende, a partir de agora, promover sessões de esclarecimento "em todos os segmentos da sociedade", com especial atenção para os jovens. Carmo Rodeia reconheceu que o "aborto é um drama", mas salientou que a "sua liberalização não é solução", uma vez que poderá transformá-lo "em mais um método contraceptivo". Passados oito anos sobre o primeiro referendo sobre esta matéria, o Estado "esqueceu-se de promover medidas de planeamento familiar ou de educação sexual, em especial dos adolescentes e jovens", criticou Carmo Rodeia. Lembrou ainda que a lei portuguesa "já despenaliza" o aborto terapêutico (em caso de perigo de morte ou lesão grave para a mulher), eugénico (inviabilidade ou malformação congénita do feto) e em situações de violação.