Hotel da Barra vai ter capacidade para 120 camas, distribuídas por 46 unidades de alojamento.

O hotel de quatro estrelas a construir na Graciosa tem sido divulgado em vários meios de comunicação. A unidade, tipo resort, vai ser construída pelo Governo Regional. O hotel vai ter capacidade para 120 camas, distribuídas por 46 unidades de alojamento, clássicas, no edifício principal, e por sete suites/bungalows, incluindo as respectivas áreas sociais, técnicas e de serviço, desenvolvendo-se o edifício principal em dois pisos, dos quais o de cota inferior abre-se genericamente para o lado do mar. As suites/bungalows desenvolvem-se num só piso com abertura para os jardins.O executor deste projecto é a sociedade Ilhas de Valor, SA, que para tanto adquiriu o terreno necessário após avaliação comparativa de localizações possíveis.Actualmente, a ilha Graciosa, com pouco mais de cinco mil habitantes, dispõe, apenas, de uma capacidade de alojamento de 83 camas, distribuídas por três residenciais.Trata-se de uma iniciativa que não só supre uma importante lacuna da ilha como promove a homogeneização da oferta turística na Região.

"Sendo a localização de um hotel um dos factores mais determinantes no sucesso da sua operação - explica Francisco Gomes de Menezes, autor do projecto de arquitectura -, a unidade a construir teria de situar-se nas imediações do principal agregado urbano da ilha (Santa Cruz) e em sítio muito aprazível à beira-mar. O local escolhido, na zona da Barra, na orla de uma pequena baía, no limite nascente da vila, consubstancia plenamente, em termos de localização, as premissas enunciadas e assegura um enquadramento paisagístico de notável beleza e valia."O terreno adquirido possui uma área efectiva de 19.969 m2, medida sobre o levantamento topográfico, enquanto que pelo somatório das áreas de registo matricial das parcelas que o compõem se confina a 16.456 m2. "A envolvência na paisagem, o estreito relacionamento com a natureza, a sobriedade volumétrica e a adopção de materiais naturais e de formas simples visam - segundo o autor do projecto de arquitectura - conferir à iniciativa um tom de qualidade, contemporaneidade e afirmação ecológica, sem descurar a componente económica, no desenvolvimento do projecto, propondo técnicas e materiais correntes e de fácil manutenção na sua construção."Neste termos, e tal como já abordado anteriormente, a par do vidro, com presença significativa na caracterização do edifício, a pedra, a madeira e as latadas são os elementos configurantes da construção e que decorrem da transposição directa da leitura das construções existentes nas áreas dos vinhedos.