Nos Açores, os preparativos para o Natal começam logo no princípio do mês de Dezembro. Em todas as ilhas vive-se um corrupio, porque há mil e umas coisas para tratar. A preparação da ceia e do presépio, é uma das tradições mais importantes das terras açorianas.
O presépio, além de representar a gruta de Belém, serve também para representar cenas do quotidiano das ilhas.
As figuras são feitas de barro, os montes são feitos de leiva de burrecas - nome que se dá ao musgo fofo e fresco, as ruas que circulam entre as casas são feitas com bagaço ou bagacina e, para a cobertura dos telhados usam-se o musgo seco. Na ilha de Santa Maria, é costume colocar-se à volta do Menino, pratinhos de trigo grelado a que se chama relvões.Na Graciosa, há quem faça o Altar do Menino, colocando sobre uma mesa forrada de tecido branco, alguns degraus, também forrados e, no cimo, a imagem do Menino Jesus, com flores naturais e outro tipo de ofertas espalhadas pela casa. Montado o presépio segue-se a ceia. Era costume coincidir o mês de Dezembro com a matança do porco, porque com a falta de energia eléctrica, a carne tinha de ser salgada e conservada assim até ser consumida. Ao mesmo tempo, havia enchidos e carne fresca com abundância para a ceia de Natal.
Nas Flores, para além dos enchidos, a tradição é servir galinha assada recheada na companhia de debulho, torresmos, não esquecendo os inhames com linguiça. A melhor parte continua a ser as sobremesas, como o arroz doce e o bolo de frutas, na ilha das Flores, a massa sovada e os biscoitos de orelha e de aguardente, em Santa Maria, os suspiros, rosquilhas de aguardente e figos passados em São Jorge, e os licores caseiros de tangerina e anis, um pouco por todo o ladoA noite do dia 24 acaba sempre com a tradicional Missa do Galo, à meia noite. Em São Jorge, o dia da Consoada era de especial importância para as raparigas, porque, ao contrário do resto do ano, elas tinham liberdade para sair à noite, até à hora da missa. Segundo a crença popular, nessa noite nada de mau lhes podia acontecer, enquanto nos restantes dias, depois das Trindades - mais ou menos às seis da tarde, - já não podiam sair, havendo até um ditado que dizia : "Trindades batidas, meninas recolhidas"
O presépio, além de representar a gruta de Belém, serve também para representar cenas do quotidiano das ilhas.
As figuras são feitas de barro, os montes são feitos de leiva de burrecas - nome que se dá ao musgo fofo e fresco, as ruas que circulam entre as casas são feitas com bagaço ou bagacina e, para a cobertura dos telhados usam-se o musgo seco. Na ilha de Santa Maria, é costume colocar-se à volta do Menino, pratinhos de trigo grelado a que se chama relvões.Na Graciosa, há quem faça o Altar do Menino, colocando sobre uma mesa forrada de tecido branco, alguns degraus, também forrados e, no cimo, a imagem do Menino Jesus, com flores naturais e outro tipo de ofertas espalhadas pela casa. Montado o presépio segue-se a ceia. Era costume coincidir o mês de Dezembro com a matança do porco, porque com a falta de energia eléctrica, a carne tinha de ser salgada e conservada assim até ser consumida. Ao mesmo tempo, havia enchidos e carne fresca com abundância para a ceia de Natal.
Nas Flores, para além dos enchidos, a tradição é servir galinha assada recheada na companhia de debulho, torresmos, não esquecendo os inhames com linguiça. A melhor parte continua a ser as sobremesas, como o arroz doce e o bolo de frutas, na ilha das Flores, a massa sovada e os biscoitos de orelha e de aguardente, em Santa Maria, os suspiros, rosquilhas de aguardente e figos passados em São Jorge, e os licores caseiros de tangerina e anis, um pouco por todo o ladoA noite do dia 24 acaba sempre com a tradicional Missa do Galo, à meia noite. Em São Jorge, o dia da Consoada era de especial importância para as raparigas, porque, ao contrário do resto do ano, elas tinham liberdade para sair à noite, até à hora da missa. Segundo a crença popular, nessa noite nada de mau lhes podia acontecer, enquanto nos restantes dias, depois das Trindades - mais ou menos às seis da tarde, - já não podiam sair, havendo até um ditado que dizia : "Trindades batidas, meninas recolhidas"