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Rádio Graciosa


29 julho 2024

Federação e Sindicato debateram atualização da tabela salarial dos Bombeiros dos Açores

Decorreu a 27 de julho, uma reunião entre a Federação de Bombeiros da Região Autónoma dos Açores e o Sindicato Nacional de Bombeiros Profissionais, a pedido deste último.

A reunião realizada no Quartel da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Ponta Delgada, teve como ponto principal debater a atualização da tabela salarial dos Bombeiros da Região Autónoma dos Açores.

Braia Ferreira, Presidente da Direção da FBRAA em declarações à Comunicação Social defendeu “uma musculação e um reforço do financiamento das associações, que nos permita dar resposta a várias questões”.

Questionado sobre a posição das Associações sobre aumentos dos vencimentos, o Presidente da Federação referiu que defende que “uma musculação e um reforço do financiamento das associações”, que permita dar resposta a várias questões, a começar pelo aumento dos salários dos bombeiros, “que é justo, é digno e é dignificador da sua própria carreira”.

Também sugeriu, a criação, a nível nacional, “de uma carreira digna para aquilo que hoje se define como bombeiros profissionais” e “que se dê às associações a garantia do financiamento e da prestação de serviços”.

Não podemos esperar que o Estado queira que as associações se comportem normalmente, se é o primeiro a não pagar. Nós temos neste momento 1,5 milhões [de euros] de dívida do Estado às associações dos Açores”, denunciou.

E questionou: “Como é que é possível pedirem a 17 associações humanitárias, que se regem por um regime privado, que financie o Estado?”

José Braia Ferreira também declarou que a Federação não se opõe a aumentos salariais para 2024, “como nunca se opôs”. Lembrou que os bombeiros obtêm receitas de várias atividades, como pré-emergência (financiada pelo Governo Regional), presença nos aeroportos (ANA e SATA), transportes não urgentes (unidades de saúde) e serviços à comunidade.

Para ultrapassar as dificuldades de financiamento, o presidente da Federação sugere que sejam tidos em conta exemplos estrangeiros (Canadá, Estados Unidos, Bélgica e França) e o caso da Região Autónoma da Madeira.

Sobre a profissionalização dos bombeiros, disse que não pode acontecer como é proposta, ou seja, “apenas sobre a responsabilidade das associações, porque se o problema de base é o financiamento, a profissionalização só vem agudizar mais essa questão e não resolvê-la”.

Terminou a reunião com a garantia de ambas as partes que o foco são os bombeiros e a subsistência das Associações, estando ambas as entidades em sintonia do que é necessário fazer para alcançar os objetivos delineados.

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