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Rádio Graciosa


10 março 2022

José Ávila entende que o Governo Governo demonstrou novamente a sua total incapacidade na gestão das Pescas

José Ávila considerou que a recente comunicação da Direção Regional das Pescas, que interdita a pesca do Goraz nos mares dos Açores durante 20 dias, “não é mais que castrar os rendimentos dos pescadores Açorianos perante as dificuldades que o setor atravessa”.

O deputado do PS destacou que “perante as excecionais condições meteorológicas registadas nos meses de Janeiro e Fevereiro, era expectável que a nossa frota atingisse as 115 toneladas de captura de goraz, antes de finalizar o primeiro trimestre”, lamentando que o Governo feche esta pesca “numa altura em que o preço nas últimas semanas chegou a atingir os 24 euros por quilo”.

Para o parlamentar socialista, é incompreensível que, perante as dificuldades que o setor atravessa, com o agravamento dos custos à produção, que este Governo “não tenha tido a capacidade de antecipar esta gestão, ajustando as quantidades de captura ao longo do trimestre, de forma que os nossos pescadores não tivessem que fazer esta paragem agora, quando este peixe vale mais”.

José Ávila considerou “inadmissível” que, passados cinco anos em que houve um aumento da quota do goraz de 507 para 600 toneladas, fruto de um esforço desenvolvido pelo anterior governo, pela comunidade científica, mas acima de tudo pelos nossos pescadores, “que os mesmos agora com mais disponibilidade de quota, tenham de fazer uma paragem nesta pescaria, apenas porque o Sr. Secretário Regional do Mar e das Pescas não fez uma gestão disciplinada, contínua e cuidada, quando existem ainda 485 toneladas de goraz por capturar até ao fim do ano”.

Segundo dados de 2020, a pesca do goraz representava cerca de 22% do valor da primeira venda do pescado descarregado nos portos dos Açores.

Na Graciosa, por exemplo, o peso do Goraz no total do peixe descarregado foi de 60%, no Corvo 59%, nas Flores 55%, enquanto no Faial foi de 45% e na Terceira 44%.

O deputado frisou que “a cuidada gestão da quota de Goraz nos Açores garantiu sempre, no passado, as capturas em períodos de grande valorização e o defeso, quando houve, em períodos de reprodução”.

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