No âmbito de um
debate parlamentar sobre o Grupo SATA, o Partido Socialista dos Açores insistiu
na importância da companhia aérea como “garante da coesão económica e social
das Ilhas dos Açores”. José Ávila lamentou as constantes críticas feitas à SATA
e lembrou o papel fundamental que esta teve no combate à pandemia e que vai ter
no relançamento do turismo nos Açores.
José Ávila
assegurou que o Grupo SATA é dos “mais escrutinados desde sempre, com uma
Comissão de Inquérito dedicada e outra, que para além da SATA, envolvia todas
as outras empresas públicas - Foram dois momentos em que só não se esclareceu
quem não quis! Para além disso tem sido objeto de várias propostas, de muitos
requerimentos, perguntas orais, declarações políticas, audições da tutela e de
administradores, votos de protesto, etc.”
Para o deputado
Graciosense, estas iniciativas permitem “acompanhar o funcionamento das
empresas do Grupo, mas também fragilizam a sua posição comercial num mercado
marcado pela enorme concorrência. Das companhias que operam nos Açores, a SATA
é a única que não tem proteção dos segredos comerciais e, como é bem sabido,
não é fácil vencer num meio concorrencial nestas circunstâncias em que as
informações mais sensíveis são do conhecimento dos concorrentes”.
José Ávila
realçou, ainda, que a SATA foi fundamental no combate à pandemia mundial que
também afetou os Açores: “Para proteção de todos os Açorianos, foram dadas
instruções à SATA para parar a sua atividade de transporte normal de
passageiros do exterior e interilhas. Essa decisão foi fundamental para
controlar a Covid-19. Travando a
mobilidade, travou-se a disseminação do vírus”.
No entanto,
acrescentou, “foi a Sata que foi longe para trazer equipamentos para tratar
esta doença e também material para proteção dos profissionais de saúde, dos
bombeiros e das forças de segurança. Foi a Sata que levou e trouxe muitos dos
nossos doentes. Foi a Sata que distribuiu os equipamentos médicos pelas ilhas.
Foi a Sata que transportou as amostras biológicas para análises nos
laboratórios de referência. Foi a Sata que transportou muitas dos nossos
produtos para o exterior”.
Agora, defende
José Ávila, cabe à administração planear, organizar, dirigir e controlar a
empresa “com o intuito de estabelecer uma estratégia e preparar um plano de
ação capaz de atingir objetivos que se propõe por isso é aceitável que esta
proceda a ajustes no Plano de Negócios”.