O Parlamento dos Açores debateu um projeto de
resolução, do PSD, em que era proposto ao Governo Regional que crie condições
para a utilização da Baía da Barra, na ilha Graciosa, no âmbito da náutica de
recreio.
A
proposta foi chumbada pelo PS, tendo os deputados Graciosenses do PS proferido
declarações, criticando a proposta do PSD.
José Ávila,
vice-presidente do Grupo Parlamentar do PS disse que o que estava a ser
discutido e votado “ é um projeto de resolução que recomenda ao Governo que
faça aquilo que, realmente já está a fazer, em parceria com a Câmara Municipal
de Santa Cruz da Graciosa”.
José Ávila recordou a postura do PSD em relação a este
investimento: “Primeiro não acreditavam neste projeto, depois desconfiaram,
mais tarde apoucaram, mas agora, que o investimento está a tomar a sua forma,
querem fazer de conta que sempre estiveram connosco, mas isso não corresponde à
realidade, como bem sabe o povo Graciosense”.
O deputado do PS/Açores explicou o porquê do voto
contra: “Não podemos viabilizar esta proposta do PSD porque esta é uma
tentativa, mais uma, de tirar dividendos políticos. O aproveitamento da Baía da
Barra é um investimento que consideramos estruturante para a Ilha Graciosa, mas
não é de agora”.
A obra que está a ser concretizada pelo Governo dos
Açores, em parceria com a Câmara Municipal de Santa Cruz da Graciosa já prevê
que, posteriormente se aproveite “o espelho de água do seu interior, como fica
demonstrado na sua configuração, na limpeza do canal de entrada da baía e pelo
facto, o mais importante, de a Câmara Municipal de Santa Cruz da Graciosa, ter avançado
com os diversos estudos necessários e com o projeto da marina, contando, para
isso, com o apoio do Governo”.
José Ávila reconheceu, no entanto, a necessidade de
prolongar os prazos previstos “como infelizmente acontece com algumas das obras
marítimas, mas isso ficou a dever-se, essencialmente, à complexidade da
estrutura que é executada com técnicas inovadoras, sobretudo para não ter um
excessivo impacto visual e às condições de mar do ano passado”.