"Com a crise sanitária da COVID-19 veio a crise económica e com ela a crise social que já não era de menosprezar nos Açores.
Para que as consequências na economia e no aumento da pobreza não fossem mais severas, era essencial adotar medidas extraordinárias de apoio e mitigação dos efeitos da paragem forçada a que fomos obrigados.
Nessa medida, não podia a política deixar de fazer o seu trabalho, também ele mais exigente e com empenho redobrado de atenção aos problemas surgidos e aos que se agravaram.
Vê-se por aí quem, do lado instalado e conformado, preferisse que as oposições não contribuíssem, não alertassem e não redobrassem esforços para que as insuficiências não fossem graves e para que não ficasse tudo na dependência do poder, ou de mão estendida.
Este é um tempo em que não nos podemos dar por vencidos nesta luta desigual.
Mesmo fora dos habituais palcos da política impõe-se não cruzar os braços e lutar pelos direitos das nossas gentes.
Os que preferiam que a pandemia fizesse esquecer velhas promessas por cumprir talvez devam desconfinar-se do poder."