Estamos a viver tempos de enorme
incerteza, envoltos numa verdadeira crise de saúde pública que poucos
imaginavam acontecer em pleno século XXI.
E é nestas alturas que precisamos
de coragem e capacidade de liderança para enfrentar esta pandemia com contornos
ainda imprevisíveis. E o Presidente do Governo tem interpretado esse papel de
forma eximia, mesmo quando teve de bater o pé ao Terreiro do Paço.
Este não é tempo para luta
partidária, muito embora ainda haja quem tente. Não é tempo para protagonismos,
nem, muito menos, para propagação de notícias falsas ou distribuição de
mensagens subtis nas redes sociais, capazes de atemorizar as populações. É
tempo de falar verdade e espalhar a esperança.
Estes novos tempos estão a
obrigar a afetação de recursos de monta e também a alterações profundas no
nosso quotidiano.
O Governo dos Açores tomou
medidas duras para tentar conter a pandemia e ao mesmo tempo desenhou medidas
de apoio às famílias e às empresas.
As áreas da saúde e da educação
estão a ser severamente afetadas, mas a economia também passa e irá passar por
dificuldades durante os próximos tempos.
A saúde está a preparar-se para
enfrentar o que aí vem e é por isso que todos temos o dever de deixar uma
palavra de solidariedade e agradecimento a todos os profissionais da área da
saúde, desde médicos, enfermeiros, técnicos, auxiliares, bombeiros,
farmacêuticos, até às tripulações das aeronaves, onde se inclui a Unidade de
Evacuações Aéreas, entre outros.
As escolas, os seus docentes e o
pessoal não docente, procuram repor a normalidade que é possível nas atuais
condições, trabalhando com imaginação e, sobretudo, com dedicação.
Por outro lado, as forças de
segurança estão também empenhadas neste esforço conjunto e zelam pelo
cumprimento da lei e pela segurança de todos.
Mas existem ainda outros que
também estão a trabalhar para que não nos falte nada, com são os casos dos
trabalhadores dos portos, aeroportos, banca, correios, comércio, padarias,
restaurantes, talhos, peixarias, etc., não esquecendo os profissionais que
continuam a recolher os resíduos, os que garantem o fornecimento de água,
eletricidade e transporte de pessoas e mercadorias.
A comunicação social, pelo menos
uma grande parte, tem tido, também, um papel importante munindo os Açorianos de
informação do que se está a passar e indicações úteis para a sua proteção.
Os agricultores, os pescadores e
a construção civil vão, também, mantendo uma parte da economia em funcionamento
e os autarcas, por seu lado, têm estado atentos para que nada falte às pessoas
de maior risco.
Como é visível, todos têm feito
um enorme esforço para se adaptar a esta nova realidade e isso deve ser
devidamente reconhecido.
Se toda esta gente está a fazer a
sua parte, trabalhando para minimizar os impactos medonhos desta pandemia, é
justo pedir àqueles que podem e que têm a possibilidade de ficar em casa que
cumpram a sua parte e sigam as recomendações, porque é a única maneira
conhecida que temos para ultrapassar este momento tão difícil.
E tudo isto para concluir que
nunca precisamos tanto uns dos outros como agora.
Graciosa, 3 de abril de 2020.
José Ávila
www.temponovo.blogspot.pt