A Secretária
Regional da Energia, Ambiente e Turismo salientou que a ilha Graciosa tem
evidenciando um "grande crescimento” das áreas candidatadas ao sistema de
incentivos à manutenção de paisagens tradicionais, que praticamente duplicaram
nos últimos dois anos.
As áreas que
atualmente beneficiam de apoios à manutenção correspondem a 21,5 hectares, dos
quais 17,1 hectares de vinha e 4,4 hectares de pomares de espécies
tradicionais.
“A
vitivinicultura voltou a ter um papel importante na economia e na vida dos Graciosenses”,
frisou Marta Guerreiro, que falava durante a visita a áreas de cultura de vinha
objeto de apoio à manutenção de paisagens tradicionais, no âmbito da visita do
Governo à ilha Graciosa.
Marta Guerreiro
recordou que esta já “foi uma das principais atividades económicas da ilha
Graciosa, nos séculos XVIII e XIX, com produções médias na ordem das 6.000 a
7.000 pipas, tendo entrado em declínio a partir da segunda metade do século
XIX”.
Com o objetivo
de preservar alguns métodos tradicionais de uso dos solos, tendo em conta a sua
relevância na paisagem e para a biodiversidade e o equilíbrio ecológico, o
Governo dos Açores disponibiliza um sistema de incentivos à manutenção de
paisagens tradicionais da cultura da vinha, em currais e em socalcos, e de
pomares de espécies tradicionais, situadas em áreas de paisagem protegida e em
fajãs costeiras, integradas nos parques naturais de ilha e em reservas da
biosfera.
Neste momento,
em toda a Região, os apoios à manutenção de paisagens tradicionais abrangem 480
beneficiários e uma área total de 749 hectares, a que corresponderam pagamentos
de mais de 1,6 milhões de euros em 2019”, um aumento de 60% face ao ano
anterior.