O Instituto de Alimentação e
Mercados Agrícolas (IAMA) publicou ontem em Jornal Oficial, o pedido de registo
do Alho da Graciosa IGP para a fase de consulta pública, que decorrerá durante
30 dias.
Findo o prazo e não havendo
oposição, o pedido de registo seguirá para a Comissão Europeia, através da
Direção Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural.
O Secretário Regional da
Agricultura e Florestas afirmou que o registo europeu do Alho da Graciosa como
Identificação Geográfica Protegida (IGP) vai contribuir para aumentar a
notoriedade de uma produção de grande qualidade, com benefícios diretos no
rendimento dos agricultores.
Para o governante, a
denominação IGP pode constituir uma proteção importante para a cultura do alho,
trazer mais valias aos produtores, melhorando o seu rendimento, promovendo
novas oportunidades de negócio e contribuindo para o crescimento e modernização
da economia da ilha.
O Secretário Regional considerou ainda que a
Graciosa tem excelentes condições naturais para a produção de alho, bem como
infraestruturas modernas e capazes de responder ao crescimento da produção,
como é o caso da nova Adega Cooperativa, além de um apoio técnico preparado
para ajudar a valorizar ainda mais uma produção tradicional e emblemática.
Nesta ilha, com cerca de uma
dezena de produtores, existe uma área aproximada de sete hectares dedicada à
cultura do alho, com uma produção de cerca de 25 toneladas anuais.
O alho implementou-se com
sucesso na ilha da Graciosa desde a chegada dos primeiros povoadores, no início
do século XV, devido às condições edafoclimáticas propícias ao seu cultivo.
O Secretário Regional da
Agricultura destacou ainda que, além do Alho da Graciosa IGP, está também em
fase de registo a certificação da Manteiga DOP e do Chá DOP, estando em fase de
avaliação a Anona e a Banana dos Açores.