O projeto “Quinta Mágica”, vencedor da primeira edição
do Orçamento Participativo dos Açores na área da Inclusão Social, arranca
sexta-feira, 7 de junho, na ilha Graciosa, com a realização de uma formação
prevista para 25 pessoas com dificuldade de inserção no mercado de trabalho.
Esta iniciativa, que consiste num plano formativo na
área da agricultura biológica, contempla um conjunto de outras componentes
formativas em áreas mais genéricas, como competências pessoais e sociais,
técnicas de procura de emprego, empreendedorismo ou alimentação saudável.
Com um investimento de cerca de 24 mil euros, o
projeto “Quinta Mágica” assegura uma vertente de trabalho de caráter
intergeracional, através da troca de conhecimentos sobre práticas agrícolas
tradicionais, que privilegia as culturas com tradição e potencial local, na
ótica da valorização da produção e dinamização da economia local.
Para além da vertente formativa, para transmissão de
conhecimentos da área de especialidade, este projeto assegura também uma
componente prática, com acompanhamento individualizado, que permita o treino de
competências pessoais e sociais aos formandos, enquanto condições promotoras de
uma inserção profissional de sucesso.
Nesse sentido, prevê-se que, em meados de julho, os
formandos já estejam a frequentar a componente prática da formação em
agricultura biológica, com certificação ‘Modo de Produção Biológico’ (MPB), que
será ministrada pela Bioazórica – Cooperativa de Produtos Biológicos, e que
proporcionará ainda a realização de outras iniciativas abertas à comunidade,
como showcooking, biofeiras e visitas a produtores locais.
Para além da Secretaria Regional da Solidariedade
Social e do Núcleo de Ação Social da Graciosa, este projeto envolve uma vasta
quantidade de outros parceiros, assim como de departamentos governamentais,
como o serviço local da Secretaria Regional da Agricultura e Florestas e o
serviço de ilha da Vice-Presidência do Governo, Emprego e Competitividade
Empresarial.
O Centro Social e Paroquial de Nossa Senhora da Luz
assume-se como entidade gestora do projeto e conta com a Associação Cultural,
Desportiva e Recreativa da Graciosa como entidade parceira, que assegura o
apoio logístico da formação, designadamente através da cedência de utensílios
diversos, da estufa e de outras áreas de prática agrícola e cultivo, no
complexo do Museu da Vida Rural da Ilha Graciosa, na freguesia da Luz.