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Rádio Graciosa


26 fevereiro 2019

Reunião de Assembleia Municipal dominada por discussão sobre situação do Sintético de Guadalupe

A Assembleia Municipal de Santa Cruz da Graciosa reuniu na noite de Segunda-feira, nos Paços de Concelho.
O encontro tinha apenas dois pontos na ordem de trabalhos, a apreciação das atividades e situação financeira da autarquia e a apreciação e votação da 1ª revisão ao orçamento, PPI e AMR.
Na discussão das atividades da edilidade, o deputado municipal Marco Nuno Silva, ao constatar um apoio de 9 mil euros à Academia Musical da Ilha Graciosa, disse não ser contra a instituição, mas alertou que não há igualdade de critérios, em relação por exemplo ao Sintético de Guadalupe. Defendeu que a instituição deveria ser Municipal, para continuar a ser apoiada desta forma pela autarquia, num valor anual de cerca de 100 mil euros. Para colocação de novo sintético no Guadalupe são necessários 130 mil euros. O estado avançado de degradação do atual sintético, tem provocado lesões quer nos jogadores seniores, quer de escalões de formação.
Da bancada PS, os deputados Manuel José Ramos e Ricardo Ramalho saíram em defesa da Academia e da autarquia, afirmando que trata-se de assegurar o funcionamento de uma escola particular, mas que é aberta à população e sem fins lucrativos, como por exemplo as filarmónicas. Ressalvaram ainda que o investimento feito pela câmara na Academia, é muito menor do que é feito no desporto.
Também da bancada PS, José Ataíde, lembrou que foi o município que impôs a utilização do Sintético de Guadalupe, pelas equipas de Santa Cruz e que como tal, acha que deve a autarquia colaborar na recuperação do desgaste do campo.
Na resposta, o autarca Avelar Santos disse que a Câmara colabora muito com o desporto e que faz o que pode para apoiar os clubes da ilha.
Marco Nuno Silva, que é também autarca de Guadalupe, disse que pretende apenas igualdade de apoios e que se for preciso será criada uma associação, para gerência do Campo Sintético, que possa receber apoios.
A discussão sobre este assunto continuou, com o deputado José Ávila do PS, a recordar que de momento não há fundos comunitários para equipamentos desportivos, o que leva a uma responsabilidade financeira de 100%, por parte do Município. O deputado socialista reconheceu que a situação tem que ser resolvida e perguntou o que contempla o protocolo entre câmara e junta, para, manutenção do campo. Avelar Santos disse que o protocolo de 4 mil euros é apenas para despesas de funcionamento, mais concretamente dos balneários e iluminação do campo. O autarca recordou que este protocolo já é feito, uma vez que outros clubes utilizam o recinto.
A encerrar o assunto, José Ataíde da bancada PS, voltou a pedir a palavra, para perguntar à Câmara Municipal se para a próxima época, o campo for interdito à prática desportiva, qual será a solução, se poderá o clube de Guadalupe treinar nos Campos das outras equipas? Na resposta, o Presidente Avelar Santos garantiu que o Sporting Club de Guadalupe "nunca deixará de jogar ou treinar".

No segundo ponto da ordem de trabalhos, o Presidente Avelar Santos explicou que trata-se de corrigir um erro verificado no orçamento de 2019, onde a divisão financeira do município ficou sem verbas para as despesas de ADSE e Segurança Social.
A 1ª revisão ao orçamento 2019, PPI e AMR foi aprovada por maioria, com abstenção do PSD.


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