A Assembleia Municipal de
Santa Cruz da Graciosa reuniu na noite de Segunda-feira, nos Paços de Concelho.
O encontro tinha apenas
dois pontos na ordem de trabalhos, a apreciação das atividades e situação
financeira da autarquia e a apreciação e votação da 1ª revisão ao orçamento,
PPI e AMR.
Na discussão das atividades
da edilidade, o deputado municipal Marco Nuno Silva, ao constatar um apoio de 9
mil euros à Academia Musical da Ilha Graciosa, disse não ser contra a
instituição, mas alertou que não há igualdade de critérios, em relação por
exemplo ao Sintético de Guadalupe. Defendeu que a instituição deveria ser
Municipal, para continuar a ser apoiada desta forma pela autarquia, num valor
anual de cerca de 100 mil euros. Para colocação de novo sintético no Guadalupe
são necessários 130 mil euros. O estado avançado de degradação do atual
sintético, tem provocado lesões quer nos jogadores seniores, quer de escalões de
formação.
Da bancada PS, os deputados
Manuel José Ramos e Ricardo Ramalho saíram em defesa da Academia e da
autarquia, afirmando que trata-se de assegurar o
funcionamento de uma escola particular, mas que é aberta à população e sem fins
lucrativos, como por exemplo as filarmónicas. Ressalvaram ainda que o
investimento feito pela câmara na Academia, é muito menor do que é feito no
desporto.
Também da bancada PS, José
Ataíde, lembrou que foi o município que impôs a utilização do Sintético de
Guadalupe, pelas equipas de Santa Cruz e que como tal, acha que deve a
autarquia colaborar na recuperação do desgaste do campo.
Na resposta, o autarca
Avelar Santos disse que a Câmara colabora muito com o desporto e que faz o que
pode para apoiar os clubes da ilha.
Marco Nuno Silva, que é
também autarca de Guadalupe, disse que pretende apenas igualdade de apoios e
que se for preciso será criada uma associação, para gerência do Campo Sintético, que possa receber apoios.
A discussão sobre este
assunto continuou, com o deputado José Ávila do PS, a recordar que de momento
não há fundos comunitários para equipamentos desportivos, o que leva a uma
responsabilidade financeira de 100%, por parte do Município. O deputado socialista
reconheceu que a situação tem que ser resolvida e perguntou o que contempla o
protocolo entre câmara e junta, para, manutenção do campo. Avelar Santos disse
que o protocolo de 4 mil euros é apenas para despesas de funcionamento, mais
concretamente dos balneários e iluminação do campo. O autarca
recordou que este protocolo já é feito, uma vez que outros clubes utilizam o
recinto.
A encerrar o assunto, José
Ataíde da bancada PS, voltou a pedir a palavra, para perguntar à Câmara
Municipal se para a próxima época, o campo for interdito à prática desportiva,
qual será a solução, se poderá o clube de Guadalupe treinar nos Campos das
outras equipas? Na resposta, o Presidente Avelar Santos garantiu que o Sporting
Club de Guadalupe "nunca deixará de jogar ou treinar".
No segundo ponto da ordem de
trabalhos, o Presidente Avelar Santos explicou que trata-se de corrigir um erro
verificado no orçamento de 2019, onde a divisão financeira do município ficou sem verbas para as despesas de ADSE e Segurança Social.
A 1ª revisão ao orçamento
2019, PPI e AMR foi aprovada por maioria, com abstenção do PSD.