O Secretário Regional do Mar, Ciência e Tecnologia
apontou a produção de algas em aquacultura como “um passo muito importante no
desenvolvimento” desta atividade nos Açores.
Gui Menezes falava durante uma visita, na semana
passada, ao primeiro projeto de aquacultura regional implementado na Graciosa,
que tem como objetivo a produção ‘on shore’ de spirulina, uma microalga
utilizada na indústria alimentar.
O Secretário Regional do Mar congratulou-se pelo facto
da responsável por esta unidade produtiva ter sabido “tirar partido dos apoios
do Fundo Europeu dos Assuntos Marítimos e das Pescas” (FEAMP),
operacionalizados pelo Governo dos Açores em agosto do ano passado, para
investimentos produtivos em aquacultura, lembrando também “a criação de um
regime de apoios do FEAMP para a inovação em aquacultura, ao qual se
candidataram 12 projetos que estão em fase de avaliação”.
“No total, a Região tem previstos apoios para a
aquacultura no valor de 4,8 milhões de euros”, frisou Gui Menezes, reiterando
que o Executivo açoriano pretende continuar a apostar no desenvolvimento desta
atividade no arquipélago.
Para além destes apoios, Gui Menezes lembrou ainda que
estão abertas desde fevereiro as candidaturas aos novos regimes de apoio à
comercialização e transformação dos produtos da pesca e da aquacultura, também
cofinanciados pelo Fundo Europeu dos Assuntos Marítimos e das Pescas, no valor
de 12,3 milhões de euros.
A unidade de cultivo de algas em tanques no interior
de uma estufa visitada pelo Secretário Regional pretende produzir uma média
diária de spirulina seca na ordem dos sete gramas por metro quadrado, ou seja,
numa temporada entre abril e setembro, o objetivo é que a capacidade de
produção seja de 1.200 quilos.
“Apesar deste ser um projeto de pequena escala, que
permitiu para já a criação de dois postos de trabalho, acredito que poderá
crescer e contribuir para a dinamização da economia da ilha Graciosa”, disse
Gui Menezes.
O Secretário Regional apontou ainda alguns dos
investimentos do Governo dos Açores nesta área, nomeadamente o projeto de
mapeamento de zonas de ambiente costeiro e ‘off shore’ com potencial para
aquacultura, a criação de áreas de produção aquícola nas ilhas do Faial,
Terceira e São Miguel, bem como a criação de um pacote de benefícios fiscais
com o objetivo de atrair investidores.