Face ao elevado número de águas-vivas e
caravelas-portuguesas registado este ano em zonas balneares de todo o
arquipélago, a Direção Regional dos Assuntos do Mar e a Autoridade Marítima
alertam os banhistas para os cuidados a ter com estes animais marinhos.
As águas-vivas, também conhecidas por medusas ou
alforrecas, e as caravelas-portuguesas (Physalia physalis), frequentes no mar e
em zonas costeiras dos Açores, incluindo areais, sobretudo durante a Primavera
e o Verão, possuem tentáculos urticantes que em contacto com a pele podem,
potencialmente, causar irritações e ferimentos mais ou menos graves.
Segundo a Direção Regional dos Assuntos do Mar, é
importante evitar, sobretudo, o contacto com as caravelas-portuguesas,
organismos coloniais que vivem à superfície do mar, graças ao seu flutuador,
azul-arroxeado, cheio de gás.
Os tentáculos destes animais, que podem atingir os 30
metros, possuem estruturas venenosas que largam um potente veneno quando entram
em contacto com outros organismos, sendo que este veneno causa na vítima uma
forte reação cutânea aliada a uma dor intensa.
A água-viva, por outro lado, em contacto com a pele,
provoca uma sensação de choque, sendo que os sintomas posteriores são dor forte
e sensação de queimadura (calor/ardor), irritação, vermelhidão, inchaço e
comichão.
Caso tenha contacto com águas-vivas ou caravelas, não
esfregue ou coce a zona atingida para não espalhar o veneno, não use água doce,
álcool ou amónia, nem coloque ligaduras, e lave cuidadosamente a zona afetada
com água do mar, retire os tentáculos da caravela, utilizando, se possível,
luvas, uma pinça de plástico e água do mar e procure assistência médica o mais
rapidamente possível.
Algumas pessoas são especialmente sensíveis ao veneno das
águas-vivas e podem ter reações alérgicas graves, nomeadamente falta de ar,
palpitações, cãibras, náuseas, vómitos, febre, desmaios, convulsões, arritmias
cardíacas e problemas respiratórios, devendo, por isso, ser encaminhadas de
imediato para o serviço de urgência.
Nas praias vigiadas os nadadores salvadores afixam
bandeiras quando existem avistamentos e/ou queixas de picadas por águas-vivas,
sendo que quando se registam caravelas portuguesas o banho de mar é
desaconselhado.