O Secretário Regional do Mar, Ciência e Tecnologia afirmou,
durante a visita do Governo Regional à ilha Graciosa, que o Governo dos Açores
vai continuar a estimular “a criação de atividades complementares ou
alternativas à pesca, como é o caso da apanha de algas”, frisando que esta
atividade tem ganhado nos últimos anos grande expressão na Região,
"contribuindo para o rendimento dos pescadores açorianos e, em particular,
dos graciosenses”.
Gui Menezes salientou que a Associação de Pescadores
Graciosenses “tem dinamizado bastante esta atividade”, através da exportação de
algas para as indústrias alimentar, farmacêutica e cosmética, adiantando que,
em 2016, foram capturadas na ilha Graciosa cerca de 21 toneladas de algas, que
"renderam mais de 50 mil euros”.
O titular da pasta do Mar, que falava durante uma visita ao
Porto de Pescas da Folga, onde foi criada uma zona de armazenamento e de
secagem de algas num espaço cedido pelo Governo Regional, referiu que a apanha
deste recurso é “uma atividade com elevado potencial económico” nos Açores, mas
advertiu para “a necessidade de assegurar a sua sustentabilidade no sentido de
não se comprometer os ecossistemas marinhos e o futuro das pescas e da própria
apanha de algas”.
Nesse sentido, lembrou que o Governo dos Açores tem
promovido “o contacto entre cientistas e apanhadores de algas, através de
workshops e palestras, para estimular uma economia baseada no conhecimento,
mais competitiva e sustentável”.
O governante
salientou que “existem centros de investigação regionais ligados à biologia
marinha que estão a desenvolver trabalhos sobre as algas açorianas” e que, por
isso, deve ser aproveitado esse conhecimento.