O deputado do
PSD/Açores João Bruto da Costa responsabilizou Sérgio Ávila, vice-presidente do
Governo com a tutela da coesão regional, pelos resultados da política do
executivo açoriano na ilha Graciosa.
O deputado Graciosense
disse que “falharam na coesão, não possibilitaram a criação de riqueza e
emprego e fracassaram na fixação de pessoas, ou seja, deixaram-nos para trás”.
Para o
parlamentar social-democrata açoriano, as consequências da receita socialista
na Graciosa, que o executivo mantém neste Plano e Orçamento parta 2017 e nas
Orientações a Médio Prazo 2017-2020, não obstante reconhecer o seu fracasso,
estão à vista de todos na demografia da ilha, na Educação, na Economia ou nos
Transportes.
“Voltamos ao
tempo em que aos 13, 14 ou 15 anos um grande número de jovens se ausentava da
ilha para poder obter formação. Aqui, mais do que ficar para trás, andámos para
trás. Esses jovens dificilmente regressam e a isso não é alheio o facto de
faltarem cursos vocacionais”, apontou João Bruto da Costa.
A Graciosa é a
ilha com o PIB per capita mais baixo dos Açores, cerca de 20% inferior em
relação à média regional, e a ilha com o mais baixo ganho médio mensal dos
Açores, com menos cerca de 25% da média regional.
“Ganha-se menos
na Graciosa do que no resto dos Açores”, sublinhou o deputado do PSD/Açores,
acrescentando que a Graciosa é a ilha onde o “valor médio anual das pensões é o
mais baixo dos Açores, cerca de 27% mais baixo que a média regional, o que é
preocupante até porque sendo uma ilha envelhecida falta poder de compra”.
João Costa
lembrou que recentemente foi confirmada a “contínua exclusão” da Graciosa das
rotas dos navios adquiridos pelos Açores para operarem no Grupo Central,
situação que motivou um pedido de esclarecimento ao Governo pelo grupo
parlamentar do PSD/Açores.
O deputado do
PSD/Açores eleito pela Graciosa questionou ainda o paradeiro do Plano
Estratégico para a Coesão dos Açores (PECA), apresentado em 2011 na Graciosa e
que nunca chegou a passar de uma anteproposta, mesmo que o então líder da JS e
atual secretário regional da Presidência, Berto Messias, tenha anunciado um contributo
para esta anteproposta com o documento ‘Coesão do Século XXI’.
“Este pecou,
porque nunca chegou a existir, deixando ilhas como a Graciosa para trás. O
autor de mais este plano virtual é o mesmo que falhou na coesão regional”,
sintetizou Bruto da Costa.