A Câmara de
Comércio da Terceira, Graciosa e São Jorge vai apresentar reclamação à
Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT), entidade responsável pela
regulação e supervisão da atividade da cabotagem insular, no quadro dos
requisitos e obrigações de serviço público a que se encontra sujeito, contra os
armadores.
Em comunicado, a
CCAH anunciou que “vem, de alguns meses a esta parte, a monitorizar esta
atividade, e os resultados são um atentado à nossa economia, às nossas
empresas”. Em Janeiro deste ano, “houve um atraso no cumprimento de chegada ao
Porto da Praia da Vitória na ordem dos 46%” e no “mês de Fevereiro cerca de 60%
das escalas definidas para o Porto da Praia da Vitória chegaram com atraso”,
sendo que nesse mesmo mês registou-se o caso de um navio que não atracou no
Porto da Praia da Vitória na semana de 27 de Fevereiro a 03 de Março”. No decorrer deste mês de Março, até à data,
“verifica-se um incumprimento de 100% nas datas previstas”, revela a Câmara de
Comércio.
A situação está
a prejudicar a economia em geral, e a associação afirma que “será apresentada
uma queixa formal todos os meses até haver uma ação robusta por parte da
entidade reguladora. O que, também estranhamente, tarda em acontecer.”
Entretanto, a
CCAH agendou nova reunião com o diretor regional de transportes, onde será
abordado este tema, isto porque também sabe que houve reclamações, sem resposta, por parte do Governo Regional e ainda a revisão das obrigações de serviço
público.