O executivo municipal de Santa Cruz da Graciosa reuniu na última Segunda-feira, de forma extraordinária.
No encontro, Avelar Santos, presidente da Câmara Municipal de Santa Cruz da Graciosa, apresentou o orçamento e as grandes opções do plano para 2017.
No documento é referido que o objetivo é “utilizando todos os mecanismos que estão ao nosso alcance para continuar a oferecer aos nossos munícipes uma politica autárquica que promova a qualidade de vida, que contribua para o garante da coesão social do nosso concelho e que seja um compromisso com os munícipes…”.
Como obras projetadas para 2017, o plano apresenta a rede de abastecimento de água e reservatório grotas II, cuja empreitada “está prestes a ter o seu início”, prosseguir com todo o processo do Parque Industrial, de modo a assegurar comparticipação. O Centro Histórico de Santa Cruz “terá o seu início no segundo semestre de 2017” e é a terceira das 3 grandes obras que o documento contempla.
O orçamento do Município para 2017 importa tanto na receita, como na despesa, um total de 5.581.410,00 euros, sendo a receita corrente de 3.645.304,00 euros, a despesa corrente de 3.130.588,00 euros, a receita de capital de 1.936.106,00 euros e despesa de capital de 2.450.822,00 euros.
O documento foi aprovado por maioria, com 3 votos a favor do PS e dois votos contra do PSD.
Na declaração de voto, os vereadores do PSD, referem que estes documentos servem para “confirmar que os Graciosenses e a Graciosa perderam mais 4 anos, uma vez que não se concretizaram, neste mandato, obras e benfeitorias que foram prometidas”.
João Cunha e António Reis, ainda optaram pela abstenção no primeiro orçamento deste mandato, dando “beneficio da dúvida ao votarem abstenção”, mas “logo sentiram que o executivo chefiado por Avelar Santos não tinha garra nem capacidade para levar avante as obras que se propunham executar”. Refere ainda a oposição que já era tempo de estar a concluir obras, mas foram “adiadas” e já estão a ser “empurradas” para o próximo mandato, alertando se algumas não foram concretizadas, “outras já se perderam ao longo dos 8 anos de governação socialista”, como por exemplo o projeto Barra/Santa Catarina, prometida que seria a primeira a executar e o Moinho da Freguesia da Luz.
Os vereadores do PSD criticam ainda os socialistas de serem “despesistas” e dão como exemplo o fato do gabinete do presidente ter ao seu dispor 665.253,00 euros, quando a Divisão de Obras e Urbanismo “apenas pode gastar 432.259,00 euros.
São estas as razões para o voto contra do PSD.
A bancada socialista também apresentou uma declaração
de voto, em que referem os atrasos na aprovação pelo novo quadro comunitário de
apoio e pelo tribunal de Contas, como causa de atrasos de obras, como é o caso
da rede de águas.
Referem os socialistas que, ao contrário de outros
quadros comunitários, “este quadro é muito mais exigente e limitativo”, contudo
pensam que “este plano e orçamento terá um impacto importante para a economia e
qualidade de vida dos Graciosenses”.