O Secretário Regional do Mar, Ciência e Tecnologia
anunciou em Bruxelas, que o Governo dos Açores vai entregar um documento à
Comissão Europeia expondo o impacto socioeconómico "desproporcionado e
insustentável" que o corte da quota de goraz representa para os Açores.
Fausto Brito e Abreu salientou que o objetivo é
aumentar a quota desta espécie para a Região para o biénio 2017-2018, sendo que
esta decisão deverá ser tomada, em novembro, na reunião do Conselho das Pescas
da União Europeia.
O Secretário Regional falava no final de uma reunião
com o Diretor Geral dos Assuntos Marítimos e das Pescas da Comissão Europeia,
João Aguiar Machado, onde, para além da quota de goraz atribuída à Região, foi
também discutida a pescaria de atum.
Brito e Abreu apresentou as preocupações do Governo
dos Açores com “a sobrepesca praticada no Atlântico por navios que recorrem a
artes de cerco”, tendo criticado “o uso exacerbado de tecnologias para
agregação de peixe”, nomeadamente os ‘Fish Aggregation Devices’ (FAD), que
“está a limitar o acesso dos cardumes de atum ao mar dos Açores”.
O Secretário Regional do Mar solicitou ainda o apoio
da Comissão Europeia para que, em sede da ICCAT, “a pesca de atum com salto e
vara, praticada nos Açores, receba um tratamento distinto da pesca do atum
industrial”.
Nesta deslocação a Bruxelas, Brito e Abreu esteve
também reunido com representantes de organizações não governamentais
internacionais na área do ambiente com o objetivo de “sensibilizar a comunidade
internacional para a importância de defender a pesca de salto e vara como uma
arte artesanal e ambientalmente sustentável”.