A agricultura, a pesca e o
turismo constituem os pilares da economia da Ilha Graciosa, à semelhança do que
sucede em quase todas as outras ilhas, mas a energia e o ambiente estão a
revelar-se como sectores que acabam por ser transversais a todos os outros e
incontornáveis.
O projeto piloto que está a ser
desenvolvido na Graciosa para a produção de energia limpa, pode contribuir para
a valorização dos produtos locais, da agricultura à pesca, mas para o turismo
poderá ser uma mais-valia importantíssima.
A autossustentabilidade é uma das
maiores preocupações das sociedades ocidentais e a Graciosa está a escassos
passos de poder concretizar esse objetivo.
Mais dia menos dia teremos cerca
de 65% do total do consumo energético produzido por fontes renováveis, podendo
esse valor ser aumentado com a microgeração de energia, ou seja, a produção de
energia em pequena escala.
O caminho faz-se caminhando, diz
o povo e com toda a razão.
O objetivo de um projeto destes,
que envolve um investimento na ordem dos 25 milhões de euros, é anular a
dependência dos combustíveis fósseis, minimizar a pegada ambiental e reduzir os
custos das famílias com o consumo de energia.
Isso só será possível com uma
mudança de hábitos e com a introdução de incentivos para alterar o paradigma.
O Presidente do Partido
Socialista, Vasco Cordeiro, apresentou, na sua recente visita à Graciosa, uma
proposta para promover a mobilidade elétrica, que fará parte do seu programa de
governo.
Para os Graciosenses esta foi uma
excelente notícia, digamos, a cereja em cima do bolo, porque um programa deste
tipo, a ser implementado, cumprirá o objetivo de reduzir gastos com a energia,
baixar a emissão de gases poluentes e fará da Graciosa uma ilha ainda mais
apetecível.