As visitas previstas no Estatuto
Político-administrativo da Região Autónoma dos Açores a cada uma das ilhas sem
representação governamental, as mais pequenas, representam isso mesmo: a
aproximação do poder executivo dos cidadãos.
Esses momentos servem para os
representantes das comunidades darem a conhecer os seus anseios e ao Governo,
por sua vez, dá a possibilidade de apresentar uma série de respostas e as ações
que desenvolverá nos tempos seguintes.
A visita estatutária que o
Governo dos Açores fez esta semana à Graciosa serviu também, por ser a última
desta legislatura, para prestar contas aos Graciosenses, ou seja, permitiu
fazer um balanço do que foi feito e do que ficou por fazer, num exercício de
verdade e transparência digno de registo.
O compromisso eleitoral
apresentado em 2012 continha mais de 70 medidas previstas para a Graciosa e
hoje constata-se que mais de 86% delas estão cumpridas ou já em andamento, o
que quer dizer que a taxa de cumprimento é excelente. Reconhecemos que não está
tudo feito e também que nem tudo está bem feito.
O que faltou tem de ter uma
justificação: ou foi por opção ou então devido a condicionalismos criados pelos
novos apoios comunitários.
Esta legislatura foi difícil. Em
2012 o desemprego batia recordes, seguiram-se falências de muitas empresas, o
Governo da República efetuou cortes nos rendimentos e nos apoios sociais.
O Governo dos Açores, dentro das
competências que a autonomia lhe conferia, foi até aos limites para não deixar
ninguém para trás. Foi um esforço enorme que valeu a pena. Se não fosse esse
esforço a crise que atravessou a Europa e o país teria feito mais vítimas, com
toda a certeza.
A par disso verificaram-se
atrasos na aplicação dos fundos comunitários que impediram executar
investimentos de acordo com o agendamento inicialmente previsto.
O Governo de Vasco Cordeiro
enfrentou com determinação esses condicionalismos e provou que em dialogo
permanente com os Açorianos foi possível seguir em frente e que as dificuldades
foram apenas pedras no caminho.