Na semana que agora termina vi e
ouvi o líder do maior partido da oposição enaltecer os benefícios que
resultaram da liberalização do espaço aéreo e, em simultâneo, menorizar o papel
do Governo dos Açores, insinuando que este processo tinha avançado sem merecer
a sua concordância.
Esta conversa não veio à baila
por acaso. Surge no primeiro aniversário do novo modelo de acessibilidade
aérea, momento aproveitado para se fazer um balanço, muito positivo, como é por
todos aceite, e se prevê, sem as desaconselhadas euforias, um futuro risonho na
atividade turística nos Açores.
São conhecidas diversas
declarações de membros do Governo de Passos Coelho que desmentem por completo
estas insinuações. Também sabemos que se o PSD Açores estivesse interessado em
resolver esta situação, como lhe competia, poderia ter-se empenhado em
pressionar os seus comparsas de Lisboa para retirar da gaveta a proposta que
esteve longe da vista cerca de dois anos, quase esquecida.
Mas, claro que para aquele líder
era bom não lembrar estas coisas e, muito sinceramente e na minha modesta
opinião, não devemos ocupar muito do nosso tempo com estes remoques.
Uma coisa é certa. O Governo dos
Açores conseguiu um modelo de transporte aéreo de e para o Continente e Madeira
diferente, com dois aeroportos liberalizados que ficam sujeitos à concorrência
entre empresas e outros três cobertos pelas Obrigações de Serviço Público,
conseguindo, em todo este processo, garantir, por um lado, melhores condições
tarifárias para os que nos visitam, estimulando o turismo e, por outro lado,
estabelecer uma tarifa máxima para os residentes e estudantes.
Pode não ser o melhor dos dois
mundos, mas certamente que os Açorianos ficaram muito melhor servidos com este
sistema misto que estimula a economia e os protege.
Este desiderato só foi conseguido
com o empenho e o esforço do Governo dos Açores. O resto é conversa…