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Rádio Graciosa


15 março 2016

Setor leiteiro na Graciosa passa por grandes dificuldades

O fim das quotas leiteiras, a 1 de Abril do ano passado, agravou a situação já frágil que se fazia sentir no setor leiteiro na Graciosa.
Carlos Picanço, da direção da Associação de Agricultores Graciosenses, disse em entrevista na Rádio Graciosa que a primeira mudança, após o fim das quotas, prendeu-se com a descida do preço do leite,
A falta de preparação, quando era bem conhecida a data da liberalização do mercado do leite, levou, segundo o agricultor, à situação complicada a que chegou o setor do leite na Graciosa, que agora tem que reduzir a produção.
A criação de produtos de mais valia, investigação e trabalho conjunto com as universidades foram trabalhos feitos por outros países, que estão agora a ver resultados desta preparação, ao passo que isso não aconteceu nos Açores.
Carlos Picanço afirma que os agricultores graciosenses modernizaram-se, tem quase na sua totalidade pontos positivos, devido à boa qualidade do leite, mas continua-se a produzir os mesmos produtos de há 20 anos atrás.
Aos produtores falta acompanhamento técnico e alguma mudança de mentalidade, com vista a redução de desperdícios, o que poderia segundo Carlos Picanço ajudar a ultrapassar as dificuldades que o setor vive.



Entretanto Secretário Regional da Agricultura e Ambiente afirmou em Bruxelas, que a reunião do Conselho de Ministros da Agricultura da União Europeia em que se discutiu a crise do setor do leite instalada no espaço comunitário se revelou “uma completa desilusão”.
“Nos Açores, entendemos que a última oportunidade para tomar medidas com algum efeito útil” é agora, frisou Neto Viveiros em declarações à margem do encontro, explicando que “daqui a três meses, a situação estará muito pior se nada for feito de concreto até lá”.
O governante açoriano lamentou ainda que a União Europeia não esteja “a perceber nem a dimensão do problema, nem o facto de que a sua gravidade pode aumentar exponencialmente nos próximos meses quando se sentir todos os efeitos do aumento sazonal de produção.”


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