As eleições primárias nos Estados
Unidos da América estão ao rubro e a atravessar um momento crucial.
Donald Trump, conhecido
empresário e investidor com muitas passagens pelo meio televisivo, parece ser
um dos preferidos no seio dos republicanos para a
designação daquele partido à corrida presidencial que terá o seu desfecho no
dia 8 de novembro de 2016.
Prometeu, logo de início, ser o
melhor presidente que alguma vez Deus criou e isso não augura nada de bom,
porque, como diz o povo, presunção e água benta cada um toma a que quer.
De polémica em polémica este
candidato a candidato vai fazendo o seu percurso rumo a uma nomeação que parece
certa, sem se livrar, mesmo assim, de colher o ódio de milhões de americanos de
diversas origens.
Propôs a construção de um muro na
fronteira com o México ao mesmo tempo que apelidou os Mexicanos de narcotraficantes
e violadores. Agora virou-se contra os muçulmanos, conotando-os, a todos, com o
terrorismo, anunciando que, com ele à frente dos destinos dos Estados Unidos,
ficarão impedidos de entrar no país. Ameaça as minorias étnicas com deportações
em massa, defende a tortura de suspeitos e quer manter a atual lei das armas
que muitos dissabores tem criado naquele país.
Este político quer governar com
tortura, muros e armas, aproveitando-se da insegurança e do medo que pairam em
muitos países devido à ameaça terrorista.
À conta destas polémicas a
Universidade Robert Gordon, da Escócia, já lhe retirou o título de Doutor
Honoris Causa, com a justificação de que as afirmações proferidas não eram
compatíveis com os valores daquela instituição. A ONU já o condenou por
divulgar mensagens de ódio contra os muçulmanos.
Os defensores dos direitos
humanos estão fulos com as posições radicais deste homem que parece desconhecer
a história dos Estados Unidos da América e acusam-no de, com estas tiradas
xenófobas, apenas pretender chamar a atenção sobre si.
Dou razão ao Presidente Obama
quando diz que a liberdade é mais poderosa que o medo. Espero que o povo
americano, na hora da decisão, não se deixe tolher pelo medo.