O Comando Operacional dos Açores promoveu a realização dum exercício
militar conjunto, denominado AÇOR 15, que se desenrolarou nas ilhas Graciosa,
São Miguel, Terceira e Santa Maria, envolvendo a movimentação de meios e
efetivos entre os dias 20 e 24 de Abril de 2015.
O exercício teve como objetivo principal treinar as Forças Armadas na
execução de missões de defesa militar em resposta a uma situação de crise.
Como objetivo secundário, pretende-se treinar capacidades suscetíveis de
serem empregues em ações de apoio à proteção civil e em outras missões de
interesse público.
O general José Mourato Cardeira, do Comando Operacional dos
Açores, disse que estes exercícios servem para testar as acções em caso de
qualquer catástrofe, nomeadamente no apoio às populações.
Tratou-se de um exercício que apesar de estar ligado à
defesa e à segurança, tem sempre aspectos também ligados à protecção civil. O
exercício do próximo ano será dedicado à componente protecção civil.
Este tipo de exercício serve também para estreitar as relações
com autarquias e entidades da ilha.
O facto de se tratar de um arquipélago com 9 ilhas,
dificulta muito a gestão dos meios, pois não existe continuidade territorial.
A falta de condições em algumas ilhas para os meios aéreos,
é outra dificuldade com que se depara o Comando Operacional. Os problemas estão
identificados, segundo afirmou o General Mourato Caldeira e as entidades
competentes estão a tentar resolvê-los.
Avelar Santos, presidente da Câmara Municipal de Santa Cruz
da Graciosa, estava satisfeito pela ilha ter sido escolhida para este
exercício.
O autarca realçou a importância destes treinos, para que a
população seja auxiliada não só numa melhor defesa, mas também na protecção
civil, sempre que seja necessário.
Os efetivos envolvidos foram cerca de 600 militares, através do Comando da Zona Militar dos Açores com 1 Batalhão (a 65%) do RG1 da Terceira, 1 Batalhão (a 65%) do RG2 de S. Miguel.
Na componente Marítima, participou a corveta NRP "Jacinto Cândido" e na componente aérea, 1 Avião C 295, 1 Helicóptero EH 101 e ainda uma equipa de arbitragem formada por militares do Estado-Maior do COA e da Zona Militar da Madeira.
As entidades locais que deram apoio a esta iniciativa foram a Câmara Municipal de S. Cruz da Graciosa e a Junta de Freguesia de S. Mateus.