Da Associação Intercultural Cross-Over recebemos o seguinte comunicado:
A ASSOCIAÇÃO
Intercultural Cross-Over, recentemente constituída na Graciosa por um grupo de
artistas e intelectuais de diferentes nacionalidades, com o objectivo de
promover iniciativas culturais e artísticas, na ilha e fora dela, de modo a
criar uma ponte de intercâmbios com o resto do mundo, vem junto dos
graciosenses denunciar aquilo que se esconde atrás do evento, publicamente anunciado,
que diz respeito à publicação de um livro sobre a Calçada-Mosaico da Ilha
Graciosa e da exposição fotográfica conjunta.
Esta mesma
exposição foi apresentada em Itália, na cidade de Roma, no passado Abril. A
referida exposição, visitada por milhares de pessoas, foi promovida e sponsorizada pela associação graciosense
Cross-Over, que garantiu as despesas de uma semana de estadia do senhor Ernesto
Matos, autor da exposição,
e esposa.
O senhor
Matos, à época nosso sócio, tinha-se comprometido, como resulta de actas de
reuniões, a editar um livro com a Cross-Over sobre a calçada-mosaico na
Graciosa e a apresentá-lo por ocasião das Festas de Santo Cristo, conjuntamente
com a mesma exposição apresentada em Roma, isto graças ao apoio da Câmara
Municipal de Santa Cruz da Graciosa na sequência de uma reunião entre o Presidente da Câmara,
o senhor Avelar e alguns representantes da Associação.
Contemporaneamente,
o Director do Museu, Jorge Cunha, em tempos envolvido em projecto similar, que na
altura ficou em estado apenas embrionário, tendo tido conhecimento que o
evento, graças ao trabalho e constante empenho desenvolvidos pela Cross-Over,
se estava a concretizar, empreendeu contactos pessoais com o senhor Matos para
se apropriar do nosso projecto, ao ponto do senhor Matos se ter demitido da
associação, não por acaso logo depois do fecho da exposição em Roma.
Por estas razões,
a Associação Intercultural Cross-Over quer que fique claro que não só o senhor
Matos revela oportunismo e falta de seriedade profissional, um comportamento
indigno, mas quer também evidenciar as mesquinhas manobras do Director do
museu, um representante institucional, que não deveria actuar do modo como o
fez.