O Secretário Regional da Educação, Ciência e
Cultura defendeu quarta-feira, em Ponta Delgada, que os Açores querem promover
uma “escola inclusiva”, que dê resposta às dificuldades dos alunos.
Luiz Fagundes Duarte frisou que os Açores, além
do programa Oportunidades, que visa reintegrar nas classes normais alunos com
necessidades educativas que não sejam do foro cognitivo, apostam no alargamento
do projeto Fénix e na criação de três equipas multidisciplinares, com
professores nas áreas do Português e da Matemática, para combater o insucesso
escolar.
O Secretário Regional reconheceu, no entanto,
que “o combate ao insucesso escolar não se resolve num ano”, mas que, perante
os resultados que são públicos e que têm colocado os Açores nos últimos lugares
do ranking nacional, se devem utilizar todos os meios adequados para melhorar
os resultados escolares.
Luiz Fagundes Duarte, que falava à margem da
reunião da Comissão Permanente das Unidades Orgânicas do Ensino Público,
revelou que os Açores não aplicarão a recente legislação nacional que sujeitam
os professores a exames.
Os professores têm já a formação creditada
pelos estabelecimentos de ensino apropriados e, por isso, devidamente
reconhecida, pelo que nos Açores, sempre que necessário, segundo Fagundes
Duarte, será fornecida formação complementar aos professores para que nos seus
diferentes locais de trabalho tenham os instrumentos necessários para colmatar
as dificuldades com que se deparam.
É por estas razões também que se pretende
fomentar a estabilidade do quadro docente na Região, o que ainda passa pela
realização de quatro em quatro anos dos concursos de professores, acrescentou
Luiz Fagundes Duarte.
O Secretário Regional da Educação, Ciência e
Cultura reconfirmou ainda que o número de docentes a trabalhar no apoio a
alunos identificados com necessidades especiais de ensino é sensivelmente “três
vezes mais” do que o estabelecido pelos regulamentos.
Luiz Fagundes Duarte precisou que, dado o
crescente aumento do número de alunos considerados com necessidades especiais
de educação, estão já no terreno técnicos a avaliar esta problemática.
José Gregório, presidente do Conselho
Executivo da Escola Básica e Secundária de Santa Cruz da Graciosa esteve
presente nesta reunião.
Fonte: GaCS/PB