Ildefonso Borges
nasceu em Santa Cruz da Graciosa a 14 de Outubro de 1864, filho de Ildefonso Borges da Costa, da ilha
Terceira, e de Maria Barbara de Melo Mendonça, da ilha Graciosa.
Tanto pelo lado materno como pelo lado paterno pertence a famílias ilustres açorianas.
Tanto pelo lado materno como pelo lado paterno pertence a famílias ilustres açorianas.
Ildefonso Borges
estudou em Angra do Heroísmo e depois seguiu para Lisboa onde se matriculou no
Instituto de Agronomia Veterinária, concluindo o curso de Médico Veterinário em
1889.
Em 1891 e 1892 é médico veterinário da Direcção Geral dos Serviços Agrícolas e Director Interino da Estação Zootécnica Nacional de Belém. Transita a seguir para o lugar de Chefe do Serviço Clínico do Instituto e depois para a Direcção Geral de Agricultura, como Facultativo do Hospital de Veterinária.
Em 1895 é Auxiliar do Ensino Prático de Zoologia do Instituto e em 1896 vai coadjuvar José Maria Leite Pacheco, Veterinário Distrital de Angra do Heroísmo no combate a epizootias do Concelho da Praia da Vitória.
Em 1897 é nomeado Chefe do Serviço Clínico e Auxiliar do Ensino no Instituto e em 1898 é nomeado pelo Ministério da Marinha e Ultramar para o Gabinete do Ministro.
Em 1899 é requisitado pela Junta Geral de Angra do Heroísmo para o lugar de Veterinário Distrital e depois para Intendente de Pecuária onde se manteve até 1906.
Elaborou então um “Relatório” de grande mérito profissional publicado em 1905.
Nesta altura instigado por Aníbal Bettencourt, presta provas para Assistente do Instituto Câmara Pestana onde é promovido a Subchefe.
Em 1912 é nomeado Professor Catedrático de Higiene, Zootecnia, Patologia Exótica, Zoologia e Parasitologia Animal.
Em 1918 é Professor Ordinário de Patologia Exótica, Higiene Colonial, Zoologia e Parasitologia, cargos desempenhados até à jubilação em 1934.
Ao longo da sua extensa carreira de quarenta e dois anos foi frequentemente louvado e criou uma Escola de Parasitologistas que continuou a obra do Mestre.
Foi ele que revelou a importância da Parasitologia e dos Laboratórios de Veterinária na Produção Animal e na Defesa da Saúde Pública. Foi um investigador de grande mérito no Instituto Bacteriológico de Lisboa onde trabalhou e colaborou com Aníbal Bettencourt, Carlos França e outros em diversos trabalhos publicados e bem conhecidos em Portugal e no estrangeiro.
Criou o Género Theileria, estudou Piroplasmoses, Tripanoso-míases, a Bilharziose, a Daurina, a Sarcosporidiose. Identificou o B. Coli e o vírus filtrável da Peste Suína. Fez o estudo bacteriológico dos leites de Lisboa.
Publicou imenso, como se pode verificar no Índice Bibliográ-fico dos Autores Veterinários Portugueses de 1936, da Universidade Técnica de Lisboa, onde estão registadas trinta publicações suas.
No seu relatório de 1905, Ildefonso Borges revela-se um zootecnista de grande visão, dando conhecimento da existência de doenças do foro bacteriológico, como o carbúnculo bacterídeo (antrax) e o carbúnculo sintomático (blak leg) nos bovinos e chama a atenção dos responsáveis para a potencialidade da animalicultura nas terras semi abandonadas das ilhas.
Procedeu a diversas análises químicas dos solos, e estabeleceu um esquema de controlo higiosanitário dos animais, particularmente dos importados do continente português e do estrangeiro.
Para tanto montou um Laboratório Bacteriológico Distrital a que deu o nome de Aníbal Bettencourt onde procedeu com este médico terceirense, de renome nacional a numerosos exames do estado de saúde pecuária e humana.
Falou também da excelência da autonomia recém criada da Junta Geral de Angra e as previsões que fez sobre o desenvolvimento ecónomico das ilhas, com base na pecuária estavam absolutamente certas.
Através dele, os Açores serviam de exemplo para todo o País das vantagens da criação animal em complementaridade com as produções vegetais até então dominantes no território português.
A humildade e o espírito de justiça de Ildefonso Borges levaram-no a prestar homenagem ao Dr. José Maria Leite Pacheco, o primeiro veterinário distrital de Angra do Heroísmo, um técnico de grande craveira, natura de Almeirim, que na ilha Terceira colaborou com Ildefonso Borges, naquilo que poderíamos chamar a “Criação das bases da zootecnia moderna”.
É interessante também registar que Ildefonso Borges fez parte de um grupo extraordinário de cientistas açorianos que marcaram honrosa presença na vida nacional daquela época, entre eles Aníbal Bettencourte
Curry Cabral.
Lamentavelmente no campo político e administrativo nem tudo foram rosas para Ildefonso Borges que teve de suportar forte agitação política entre Conservadores e Liberais com influências negativas na organização do ensino em Portugal.
Mas fica esclarecido que umas pleiade de cientistas açorianos deram nesta época um valioso contributo na Modernização do País.
Em 1891 e 1892 é médico veterinário da Direcção Geral dos Serviços Agrícolas e Director Interino da Estação Zootécnica Nacional de Belém. Transita a seguir para o lugar de Chefe do Serviço Clínico do Instituto e depois para a Direcção Geral de Agricultura, como Facultativo do Hospital de Veterinária.
Em 1895 é Auxiliar do Ensino Prático de Zoologia do Instituto e em 1896 vai coadjuvar José Maria Leite Pacheco, Veterinário Distrital de Angra do Heroísmo no combate a epizootias do Concelho da Praia da Vitória.
Em 1897 é nomeado Chefe do Serviço Clínico e Auxiliar do Ensino no Instituto e em 1898 é nomeado pelo Ministério da Marinha e Ultramar para o Gabinete do Ministro.
Em 1899 é requisitado pela Junta Geral de Angra do Heroísmo para o lugar de Veterinário Distrital e depois para Intendente de Pecuária onde se manteve até 1906.
Elaborou então um “Relatório” de grande mérito profissional publicado em 1905.
Nesta altura instigado por Aníbal Bettencourt, presta provas para Assistente do Instituto Câmara Pestana onde é promovido a Subchefe.
Em 1912 é nomeado Professor Catedrático de Higiene, Zootecnia, Patologia Exótica, Zoologia e Parasitologia Animal.
Em 1918 é Professor Ordinário de Patologia Exótica, Higiene Colonial, Zoologia e Parasitologia, cargos desempenhados até à jubilação em 1934.
Ao longo da sua extensa carreira de quarenta e dois anos foi frequentemente louvado e criou uma Escola de Parasitologistas que continuou a obra do Mestre.
Foi ele que revelou a importância da Parasitologia e dos Laboratórios de Veterinária na Produção Animal e na Defesa da Saúde Pública. Foi um investigador de grande mérito no Instituto Bacteriológico de Lisboa onde trabalhou e colaborou com Aníbal Bettencourt, Carlos França e outros em diversos trabalhos publicados e bem conhecidos em Portugal e no estrangeiro.
Criou o Género Theileria, estudou Piroplasmoses, Tripanoso-míases, a Bilharziose, a Daurina, a Sarcosporidiose. Identificou o B. Coli e o vírus filtrável da Peste Suína. Fez o estudo bacteriológico dos leites de Lisboa.
Publicou imenso, como se pode verificar no Índice Bibliográ-fico dos Autores Veterinários Portugueses de 1936, da Universidade Técnica de Lisboa, onde estão registadas trinta publicações suas.
No seu relatório de 1905, Ildefonso Borges revela-se um zootecnista de grande visão, dando conhecimento da existência de doenças do foro bacteriológico, como o carbúnculo bacterídeo (antrax) e o carbúnculo sintomático (blak leg) nos bovinos e chama a atenção dos responsáveis para a potencialidade da animalicultura nas terras semi abandonadas das ilhas.
Procedeu a diversas análises químicas dos solos, e estabeleceu um esquema de controlo higiosanitário dos animais, particularmente dos importados do continente português e do estrangeiro.
Para tanto montou um Laboratório Bacteriológico Distrital a que deu o nome de Aníbal Bettencourt onde procedeu com este médico terceirense, de renome nacional a numerosos exames do estado de saúde pecuária e humana.
Falou também da excelência da autonomia recém criada da Junta Geral de Angra e as previsões que fez sobre o desenvolvimento ecónomico das ilhas, com base na pecuária estavam absolutamente certas.
Através dele, os Açores serviam de exemplo para todo o País das vantagens da criação animal em complementaridade com as produções vegetais até então dominantes no território português.
A humildade e o espírito de justiça de Ildefonso Borges levaram-no a prestar homenagem ao Dr. José Maria Leite Pacheco, o primeiro veterinário distrital de Angra do Heroísmo, um técnico de grande craveira, natura de Almeirim, que na ilha Terceira colaborou com Ildefonso Borges, naquilo que poderíamos chamar a “Criação das bases da zootecnia moderna”.
É interessante também registar que Ildefonso Borges fez parte de um grupo extraordinário de cientistas açorianos que marcaram honrosa presença na vida nacional daquela época, entre eles Aníbal Bettencourte
Curry Cabral.
Lamentavelmente no campo político e administrativo nem tudo foram rosas para Ildefonso Borges que teve de suportar forte agitação política entre Conservadores e Liberais com influências negativas na organização do ensino em Portugal.
Mas fica esclarecido que umas pleiade de cientistas açorianos deram nesta época um valioso contributo na Modernização do País.
Ildefonso Borges
foi um Parasitologista reconhecido a nível nacional e
internacional, fez parte, como assistente, da celebrada equipa do Real
Instituto Bacteriológico Câmara Pestana, a partir de 1909.
Tendo obtido formação em Veterinária e Agronomia pelo
Instituto de Agronomia e Veterinária. Repetidor e Professor de Zoologia do
Instituto onde estudou, fiscal sanitário da CML - Câmara Municipal de Lisboa,
intendente e médico veterinário da Direcção-Geral dos Serviços Agrícolas de
Pecuária de Angra do Heroísmo e Director Interino da Estação Zootécnica
Nacional, foi também nomeado, por concurso com provas públicas, Assistente do
Real Instituto Bacteriológico Câmara Pestana, em 1909. Professor Catedrático de
Parasitologia e Patologia Exótica da Escola Superior de Medicina Veterinária,
até 1936, a ele se ficou a dever a classificação dos primeiros tripanossomas
dos animais recolhidos em Angola. A vertente desta vida de pesquisa incluiu,
finalmente, o facto de ter sido o criador, em 1903, juntamente com Aníbal
Bettencourt e Carlos França, do novo género Theileria, forma de homenagem ao grande investigador Sul-Africano
Sir Arnold Theiler.
Ildefonso Borges foi
um professor catedrático de Parasitologia e Patologia Exótica na Escola
Superior de Medicina Veterinária, no período de 1912 a 1936 que se revelou um
renovador do ensino de veterinária, tendo inúmeros trabalhos publicados para
além de ter desempenhado outros cargos relevantes nesta área como o de
médico-veterinário da Direcção Geral dos Serviços Agrícolas, chefe do Serviço
do Instituto de Agronomia e Veterinária, Intendente de Pecuária de Angra do
Heroísmo (1899), assistente do Instituto Bacteriológico Câmara Pestana (1906) e
director interino da Estação Zootécnica Nacional.
Um arruamento do Pólo Universitário da Universidade Técnica de Lisboa, junto da actual Faculdade de Medicina Veterinária tem o seu nome, bem como a própria Universidade Técnica numa Alameda.
Um arruamento do Pólo Universitário da Universidade Técnica de Lisboa, junto da actual Faculdade de Medicina Veterinária tem o seu nome, bem como a própria Universidade Técnica numa Alameda.
Ildefonso Borges morreu
em 1942em Lisboa, um graciosense que muito contribuiu para o avanço da medicina
veterinária no país.
Um Graciosense
notável que a Rádio Graciosa homenageia.