João
Costa, líder da bancada PSD foi quem começou por perguntar sobre a decisão da
Câmara perante o alerta da Assembleia de Freguesia de São Mateus sobre a obra
da Rochela, bem como o parecer da Secretaria Regional do Ambiente.
Avelar
Santos esclareceu que o projecto foi aprovado pelo ambiente, pois contem
incidências ambientais irrelevantes. O autarca explicou ainda que no projecto,
há o cuidado de se usar pedra para minimizar o impacto ambiental, pois até
alguns espaços em betão serão cobertos a pedra. A plantação de árvores também
será cuidadosa, de modo a que estas não tapem a vista para o mar e ilhéu.
Continuando
neste debate, João Costa falou da possibilidade da obra não aguentar o primeiro
Inverno e Avelar Santos recordou que aguardam parecer sobre o assunto, embora a
empresa projectista tenha dito que pode acontecer algum estrago, mas assegurou
ser que está a haver muito cuidado para que isso não aconteça, pois segundo
disse não se pode estar a perder dinheiro numa situação destas.
Aldevino
Félix da bancada PS, disse que a estrada da Rochela já existe há muitos anos e
que quando o projecto foi apresentado não apareceram as preocupações de agora,
recordando que a zona merece ser arranjada, pois é a única zona da ilha pela
beira-mar que está naquele estado.
Com
esta afirmação João Costa depreendeu tratar-se de uma obra de “alto risco”,
pois afirmou que construir um muro por cima de terra é um risco. Perguntou
ainda sobre apoios às zonas balneares e juntas de freguesia, com Avelar Santos
a afirmar que a responsabilidade das zonas balneares é das juntas de freguesia,
tal como diz nos protocolos.
Sobre
este assunto, disse ainda que a Câmara justificou-se perante o que não fez, ao
lançar o esclarecimento, quando o que deveria fazer, era apoiar a Junta neste
trabalho. O deputado do PSD acusou a autarquia de fazer politiquice, estando a
perder a única praia da ilha por causa da sua atitude. Para mostrar que o
Governo Regional e Câmara Municipal sempre colocaram areia na praia, procederam
a limpezas e arranjos em todas as zonas balneares da ilha, João Costa recorreu
a relatórios de actividades da Câmara de 2010, 2011, 2012 e ainda uma série de
noticias e publicações da comunicação social local, que dão conta do que fizeram
outros anos e que agora dizem não ser sua competência.
Avelar
Santos recordou quem estragou a praia na década de 80 e que no mandato de Maria
Leónia foi mesmo entulhada uma parte da praia. Segundo o autarca, só com uma
solução definitiva é que se resolve a situação do areal e reconheceu que o
atraso verificado é mau. Anunciou que devido a avarias da firma que faz a dragagem de areia verificou-se um atraso, mas que segunda-feira está na ilha Graciosa o
primeiro carregamento para recarregar o areal. Sobre a abertura da época
balnear disse que é preciso existirem os nadadores salvadores para se hastear a
bandeira azul e a bandeira dourada, à semelhança do Carapacho.
Pedro
Costa, da bancada PS, congratulou-se com o apoio que a autarquia tem para com
as juntas de freguesia, para além dos protocolos e disse não entender a confusão
com o que é responsabilidade do Governo e responsabilidade do Município,
deixando a acusação da confusão surgir por se estar em época pré-eleitoral. O
líder da bancada PS sugeriu por isso que os próximos protocolos sejam mais
específicos e menos generalistas.
José
Gregório Sousa, do PSD, pediu a palavra para deixar a sua preocupação com a
qualidade a areia a colocar e lembrou que o governo não está a fazer nenhum
favor a São Mateus, porque se comprometeu que depois da conclusão do Porto de
Pescas aumentaria a zona do areal, que não existe.
A
terminar esta discussão, António Silveira do PSD disse que é pena estarem apenas
representadas apenas 3 juntas de freguesia e explicou que quando agradecem
alguma acção camarária, o fazem em nome das pessoas da sua freguesia, até
porque não é responsabilidade das juntas de freguesia as canadas habitadas e
caminhos agrícolas.
O
autarca da Luz disse que este ano as 3 juntas de freguesia juntaram-se
novamente para abrir o concurso a nadadores salvadores, tendo apenas aparecido
1 para as 3 freguesias e lamentou que pessoal que tirou o curso não esteja
disponível.
Na sua
última intervenção, Avelar Santos disse que as cartas de nadadores tem que ser
renovadas e que aí há uma dificuldade, mas garantiu ter sempre uma colaboração
leal e franca com todas as juntas de freguesia da ilha.


quinta-feira, junho 27, 2013
Rádio Graciosa