Semana negra
Esta semana fomos novamente
confrontados com mais medidas de austeridade e outra vez destinadas aos mesmos
de sempre: os que menos podem.
Este governo de maioria PSD / PP entalou,
literalmente, os portugueses e agora, depois de terem destruído milhares de
postos de trabalho por via da redução do poder de compra, atiram-nos com mais
impostos por já não saberem o que fazer.
Ainda de vez em quanto falam de
uma herança pesada que receberam do governo anterior, mas o que é certo e
sabido é que vão deixar ao próximo governo, além de uma herança ainda muito mais
pesada, um país completamente empobrecido por medidas draconianas difíceis de
suportar. Era por isto que os portugueses esperavam quando votaram em 2011?
Certamente que não.
Estas medidas agora anunciadas tiveram
um mérito inédito: não agradaram nem a gregos nem a troianos. Foram contestadas
por todos, desde patrões a empregados, inclusivamente juntaram protestos de
todos os partidos da oposição e também do PP, que, como se sabe, é parceiro do
PSD no governo da república.
É caso para dizer que o PSD pensa
que é o único partido que marcha certo e enquanto viver nesta ilusão não terá
capacidade para perceber o mal que está a fazer a milhares de pensionistas e
reformados, a trabalhadores que todos os dias veem acabar os seus postos de
trabalho, às pequenas e médias empresas que não têm procura já que o poder de
compra dos portugueses caiu a pique para níveis inauditos.
Assim vai a república arrastada
por este desgoverno que, mesmo nesta conjuntura de aumento desmesurado da carga
fiscal, mostra-se incapaz de melhorar as contas públicas.
Aqui nos Açores temos passado ao
lado deste desvario, porque os governos do Partido Socialista tiveram o mérito
e a sabedoria de manter as contas públicas em ordem e é por isso que este ato
eleitoral que se aproxima é dos mais importantes dos últimos tempos.
Temos de combater o PSD, o de lá
e o de cá, temos de nos manter firmes e intransigentes e bater o pé para que a
autonomia dos Açores não seja alienada ou delapidada.
Graciosa, 13 de setembro de 2012.
José Ávila