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Rádio Graciosa


29 agosto 2012

Mar dos Açores vale todas as batalhas


O Presidente do Governo dos Açores alertou para a necessidade de os açorianos defenderem as prerrogativas do Arquipélago na exploração das riquezas do mar da sua zona económica.

Reforçando a ideia de que os açorianos têm uma palavra a dizer sobre o que se passa à sua volta, recordou que o mar sempre foi, e continua sendo, um factor de relevo na história e um património importante dos Açores.

“Já fomos indispensáveis para a navegação marítima no Atlântico, fomos indispensáveis para a navegação aérea, somos ainda fundamentais para a projecção de forças no plano militar, somos importantes, hoje, no dispositivo das tecnologias espaciais e muito valiosos – absolutamente indispensáveis – para a expressão territorial portuguesa”, afirmou.

Falando em Westport, no jantar de encerramento das Grandes Festas do Espírito Santo da Nova Inglaterra – de que foi o convidado de honra – Carlos César disse que “temos de aproveitar, nos Açores, o interesse que inúmeros países e inúmeras empresas de todo o mundo têm hoje pela prospecção e exploração futura dos nossos recursos minerais, energéticos e biológicos do oceano profundo.”

Para o Presidente do Governo dos Açores é igualmente importante que os lucros dessa exploração “não sejam engolidos pelo país ou perdidos para o estrangeiro”, considerando que esse é um grande desafio para os Açores, um desafio do qual dependerá o progresso da Região nos próximos anos e a sua sustentabilidade.

“O nosso mar vale todas as batalhas”, sublinhou Carlos César, acrescentando esperar que aqueles que lhe sucederem no Governo Regional “batalhem pelo nosso mar, porque a batalha pelo nosso mar é uma batalha pelo valor dos Açores e pela qualidade de vida dos açorianos.”

Às cerca de quinhentas pessoas presentes, Carlos César deixou a ideia de que se deve apostar nas novas gerações para liderarem as esperanças num futuro melhor, precisando que “a juventude deve ter uma posição tendencialmente liderante da autonomia, uma posição liderante na inovação, na criação, na gestão, na cultura.”

Manifestando a esperança de que não só na Região, mas também nas comunidades emigrantes, se cumpra essa “regra de sustentabilidade no tempo de uma ideia, como de um projecto”, apelou aos jovens para tomarem a liderança das instituições que, no estrangeiro, preservam a continuidade da herança cultural e da sua identidade, dando, ao mesmo tempo, uma nova visão dos Açores.

“Os Açores do passado no passado ficam. São uma boa recordação para nós, são motivo de orgulho para nós, mas a nossa maior aposta deve ser os Açores do presente, os Açores modernos, os Açores progressivos que estamos a construir e que queremos consolidar e fazer vencer no futuro”, acentuou.

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