Os Açorianos sempre estiveram
atentos às questões ligadas à meteorologia. Podemos mesmo dizer que em cada
Açoriano há também um meteorologista, tão habituados que estamos a acompanhar o
tempo nas nossas ilhas. Dão-se palpites, indica-se quando roda o vento,
conclui-se quando é que o tempo vira. Quem por cá por vive sabe muito bem que
as alterações da natureza são rápidas e cíclicas.
É também conhecido que quando o
tempo começa a piorar no Corvo ou nas Flores, mais dia, menos dia haveremos de
levar com a nossa parte. É por isso que os Açorianos ficam colados ao
televisor, à espera de “O tempo” na RTP-Açores e avaliam o que está a acontecer
por lá para perspetivar o dia seguinte. É uma situação que acontece vezes sem
conta.
Neste momento em que se aproxima
o final do prazo para a entrega das listas de candidatos às próximas eleições
regionais saem notícias, primeiro dos cabeças de lista e depois de toda a sua
constituição.
Algumas vezes somos surpreendidos
com os nomes de pessoas que nem vivem nos círculos eleitorais por onde
concorrem, o que, quanto a mim, não contribui para a credibilização da
política.
Mas a notícia mais inesperada foi
a de que o PSD não consegue fazer uma lista que concorra pelo círculo eleitoral
do Corvo.
É estranho um partido, que se
constitui como alternativa de poder e se autointitula como um partido de
implantação regional, não conseguir, junto do seu eleitorado daquela ilha,
fazer uma lista para concorrer por aquele círculo eleitoral.
Mais estranho ainda é a solução
que aquele partido arranjou: apoiar o líder do Partido Popular Monárquico,
precisamente aquele que desalojou o PSD do panorama político daquela ilha, no
que respeita às eleições regionais.
Tal como o mau tempo também a
primeira derrota do PSD vem do ocidente.
Graciosa, 30 de agosto de 2012.
José Ávila