Chegados a este período de pré-campanha
eleitoral é habitual os partidos encomendarem sondagens para, a partir das suas
conclusões, poderem ajustar estratégias, escolher candidatos ou mesmo reverter o
modo de atuação junto das populações que servem.
Como se percebe este tipo de
estudo pode, efetivamente, ser importante para os partidos políticos e para o
sucesso de uma campanha eleitoral que todos querem que resulte numa vitória. É
um instrumento que pode apoiar as lideranças e ajudar no planeamento das
campanhas eleitorais.
O que já não é muito correto é o
aproveitamento distorcido e malicioso que é feito de sondagens, invertendo
resultados para daí poderem tirar algum proveito político.
Já em 2004 o PSD exibia uns
papeletes afirmando ser detentor de sondagens que lhe davam cerca de 60% das
intenções dos votos dos Açorianos. Embora coligado com o PP, estas forças
políticas ficaram-se apenas pelos 36,8%.
Em 2008 o PSD repetiu a proeza e
optou por atirar cá para fora novas sondagens que lhe davam uma vitória
inequívoca. Uma vez mais enganaram-se, porquanto não passaram dos 30,3%.
Agora em 2012 o PSD tenta, a todo
o custo, fazer passar a mensagem da existência de sondagens favoráveis, mesmo
tendo conhecimento de que todas as que existem, as deles e as das outras forças
partidárias, atribuem-lhe, mais uma vez, uma derrota.
Por aqui se vê que o PSD não
aprendeu com o passado, com seria bom-tom. Teima em utilizar este tipo de
estratégia de uma maneira arrogante como forma de adquirir algum balanço.
É apenas uma ilusão que não leva
a nada, porque as eleições ganham-se nas urnas. Aquela que será a verdadeira
sondagem só sairá no dia 14 de outubro e essa, com toda a certeza, não falhará.
Graciosa, 23 de agosto de 2012.
José Ávila