Fazer dos Açores uma região económica é a proposta
de Berta Cabral para um novo ciclo de governação.
Para a sua concretização, a implementação de um
mercado interno torna-se imperativa, pois dele resulta a vulgarização de
relações comerciais regulares, previsíveis, constantes e naturais entre as
diferentes ilhas dos Açores.
É aqui que surge a grande diferença entre quem se
propõe concretizar um modelo pensado para criar emprego e riqueza em cada uma
das ilhas, e quem se arrasta no tempo que leva à frente dos Açores sem ter
resultados para apresentar neste domínio.
Poderão agora também falar em mercado interno, mas
tiveram a possibilidade de concretizar o modelo que Berta Cabral propõe por em
prática, mas em boa verdade, perderam a oportunidade que os Açorianos lhes deram
ao longo de 16 anos de exercício de poder.
Há pois que fazer escolhas e que decidir sobre
aquilo que queremos para o futuro das nossas ilhas. Além de que, há que dar
verdadeira expressão às especificidades de cada uma das ilhas, criando as
condições para que nelas sejam desenvolvidas as suas potencialidades e assim se
poder assumir a criação de uma região económica, em que a complementaridade seja
fruto da aproximação entre todas as parcelas dos Açores.
Na passada segunda-feira, à volta de uma mesa
recheada de produtos locais, discutiu-se na ilha Graciosa um dos vectores
fundamentais para a sustentabilidade económica e social dos Açores. Empresários,
produtores e pescadores falaram abertamente sobre o seu desejo de contribuírem
activamente para que este modelo proposto por Berta Cabral se concretize e se
consolide através do aproximar das relações comerciais e da mobilidade entre as
ilhas, no fundo, concretizando um verdadeiro mercado interno, em que uma ilha
como a Graciosa possa pensar em produzir não apenas para o abastecimento dos
seus pouco mais de 4 mil residentes, mas alargando a sua escala de acção para
outras ilhas, até porque é óbvia a sua capacidade para o fazer.
Tal propósito terá necessariamente por passar por
um modelo de transportes marítimos de mercadorias, passageiros e viaturas que
permita transformar a vizinhança entre cada uma das ilhas numa relação de
proximidade, tão natural quanto a essência de sermos uma região. Para que isso
seja possível, Berta Cabral já demonstrou que tem um modelo pensado para tornar
real o aproximar entre as economias de cada uma das ilhas. Através da
implementação de um circuito de ferries que ligue diariamente o Faial a S.
Miguel, passando pelo Pico, S. Jorge, Graciosa e Terceira.
A oportunidade está aí, resta saberem os Açorianos
aproveitá-la!